Na rua: caminhar, parar, fotografar, postar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendonça, Denise Xavier
Orientador(a): Guerra Neto, Abilio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33757
Resumo: Considerando as profundas transformações provocadas pelo emprego de dispositivos tecnológicos que proporcionam alternativas à execução de tarefas sem a exigência de presença física, é razoável antever uma redução na necessidade de exposição do corpo em espaços públicos. Para aqueles que possuem acesso a essas opções sintéticas de presença, a manutenção da vivência física da cidade depende cada vez mais da opção por sua prática. Optar por permanecer e interagir em público passa a demandar esforços para que a experiência se torne cada vez mais atraente e instigante. Nesse sentido, para aqueles interessados em pensar a qualificação dos espaços públicos para promover uma maior permanência das pessoas, é fundamental compreender como a vida se adapta aos ambientes urbanos e de que maneira as pessoas utilizam ou deixam de utilizar as infraestruturas disponíveis na cidade. Valendo-se da profusão de fotografias produzidas e postadas diariamente nas redes sociais com foco no tema dos espaços públicos em São Paulo, foram coletadas imagens, no Instagram, utilizando a hashtag #fotograifaderuasp. Essas imagens foram organizadas em um banco de dados e analisadas com base em critérios desenvolvidos por essa pesquisa. A constituição de um método para a sistematização das fotos se mostrou produtiva, gerando dados quantitativos relevantes para a análise urbana. Entende-se, portanto, que a extração de dados a partir de fotografias tiradas por diversos autores, profissionais e amadores, como uma linguagem de reforço da experiência vivida, pode fornecer indícios interessantes sobre o cotidiano e as relações espaciais da cidade. Acredita-se que essas reflexões podem ampliar as possibilidades instrumentais para a compreensão dos aspectos intrínsecos da vitalidade urbana, ao mesmo tempo em que fornecem argumentos para a ação reescalonando as expectativas em relação ao potencial transformador de projetos urbanos.