Mãe só tem uma?: as maternidades nos romances A pediatra (2021), de Andréa del Fuego, e Suíte Tóquio (2020), de Giovana Madalosso

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Teixeira , Bruno Barbosa
• Orientador(a): Trevisan, Ana Lúcia
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
• Palavras-chave em Português: Iiteratura brasileira contemporânea; autoria feminina; maternidade; Andréa del Fuego; Giovana Madalosso
• Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39445

A literatura brasileira de autoria feminina do século XXI atravessa um boom de popularidade e tem recebido, cada vez mais, validações da crítica e do meio acadêmico. Ao longo da história literária observa-se que as diferentes autoras se preocuparam em discutir as condições da produção literária escrita por mulheres, no entanto, no século XXI, tendo a mulher consolidado seu espaço para além do ambiente doméstico, surge um novo contexto que se reflete na produção literária de autoria feminina, bem como em um posicionamento crítico a respeito do seu papel social, seja como escritora, seja com mulher. Tendo em vista esse contexto de produção literária, essa dissertação estuda os romances A pediatra (Companhia das Letras, 2021), de Andréa Del Fuego, e Suíte Tóquio (Todavia, 2020), de Giovana Madalosso, a fim de examinar as construções estéticas do feminino e da maternidade presentes nas obras e, também, compreender a ficção contemporânea de autoria feminina como proposta reflexiva que condensa perspectivas socioculturais e identitárias. A maternidade, atribuição majoritariamente feminina, tem recebido especial atenção dessas autoras e nessa dissertação é analisada a relação das personagens femininas com a maternidade e como as ambivalências da mulher em relação a esse tema se materializam através dessas personagens. Além disso, é investigada como as estruturas narrativas dos romances aproximam o leitor dos temas coincidentes nas obras. O eixo teórico em torno do qual foi desenvolvida a análise são os estudos de Regina Dalcastagnè (2012), Karl Erik Schöllhammer (2009), Vera Iaconelli (2023) entre outros teóricos e críticos relevantes.