"Construindo pontes em vez de muros": acolhimento de estudantes refugiados e migrantes forçados na educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Renata Ramos
Orientador(a): Brito, Regina Helena Pires de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28754
Resumo: Com o crescente fluxo de deslocamento forçado, assistimos às taxas de matrícula de crianças e adolescentes migrantes aumentarem nas escolas. Embora a legislação brasileira garanta o direito do migrante à educação, sabe-se que o acesso nem sempre é efetivo e que, de forma geral, as escolas ainda se encontram despreparadas para realmente acolher alunos migrantes na Educação Básica, sobretudo, os que se encontram em situação de refúgio e de migração forçada. Depois que o entrave inicial é ultrapassado e o estudante começa a frequentar as aulas, outra barreira surge: a dificuldade com a língua-alvo — que prejudica não apenas nas aulas de Língua Portuguesa (LP), mas de todas as demais disciplinas; o que se intensificou ainda mais neste período de pandemia causada pela COVID-19. É a partir deste cenário que a presente dissertação objetiva apresentar relatos de experiências de professores da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e de professoras voluntárias da ONG IKMR, a fim de elencar propostas de atividades, a partir da perspectiva da educação intercultural e dialógica, para o acolhimento de alunos refugiados e migrantes forçados, as quais visam à integração e inclusão desses estudantes. Para tanto, alinhada à linguística aplicada, a pesquisa parte dos estudos de ensino de português como língua de acolhimento (PLAc), apoiando-se em Ançã (2008, 2006, 2005), Amado (2013, 2011, 2008), Grosso (2010), Pereira (2017) e São Bernardo (2016), por meio da interculturalidade (CANDAU, 2016, 2014; WALSH, 2019) e da prática educativa dialógica e democrática (FREIRE, 2019, 2003, 1997). Com a pesquisa, inserida na Linha de Pesquisa Estudos Lusófonos, Relações Culturais, Linguísticas e Identitárias, do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, pretendeu-se ressaltar a urgente necessidade de se refletir acerca de ações que promovam a inclusão dos alunos refugiados e migrantes forçados nas escolas brasileiras, a partir da perspectiva da interculturalidade; em especial, na área de ensino-aprendizagem de PLAc para essas crianças e jovens.