Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Melo, Elise Nakladal de Mascarenhas |
Orientador(a): |
Neves, Maria Helena de Moura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28629
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Resumo: |
No contexto do Cognitivismo, a Teoria da Metáfora Conceptual (TMC) concebe o fenômeno da metáfora em termos de um mapeamento tanto múltiplo quanto unidirecional entre um domínio fonte (experiência concreta) e um domínio alvo (experiência abstrata). De um modo geral, essa proposta enfraqueceu a visão tradicional de que a metáfora linguística é uma espécie de comparação elíptica, e, consequentemente, de que a metáfora e o símile manifestam o mesmo fenômeno de similaridade, sendo diferenciados apenas pelas formas (X é Y) e (X é como Y), respectivamente. Estudos subsequentes revelaram, ainda, que, tal como a metáfora conceptual, o símile consiste em um mapeamento unidirecional entre um domínio fonte e um domínio alvo, que, no entanto, não é múltiplo, mas limitado. Tendo em vista esses apontamentos, este trabalho investiga, no português do Brasil, a expressão linguística da metáfora e do símile. O córpus de análise compreende ocorrências de metáforas linguísticas e de símiles em livros ilustrados destinados a crianças de diferentes faixas etárias. Nesse sentido, põe-se sob exame não apenas o texto verbal, mas, ainda, o texto imagético. A moldura teórico metodológica consiste em uma articulação entre o Funcionalismo, a Gramática Cognitiva, a Gramática de Construções e a Semântica de Frames. Consideram-se, ainda, estudos referentes à intermidialidade, que possibilitam o exame do texto verbal e do texto imagético, em interface. A partir dos resultados obtidos, confirmou-se a hipótese de que o fato de os livros ilustrados serem originariamente destinados ao público infantil deverá implicar particularidades no que se refere às construções gramaticais pelas quais os significados da metáfora e do símile são linguisticamente instanciados, que são motivadas tanto pela faixa etária do leitor quanto pelo papel das ilustrações que acompanham esses textos. Para o material de pesquisa, a discussão desses resultados sugere que: (a) a predominância de sentenças declarativas estabelece o cenário interativo entre o autor do livro ilustrado e o público estimado como, essencialmente, aquele de “troca de informações”; (b) as metáfora conceptuais subjacentes às metáforas linguísticas identificadas são, majoritariamente, ontológicas e convencionais, o que está em conformidade com o fato de que os livros ilustrados são originariamente destinados a crianças; (c) em uma construção gramatical, enquanto o elemento dependente tende a evocar o domínio fonte de uma metáfora conceptual, o elemento autônomo tende a evocar o domínio alvo, tal como proposto por Sullivan (2013, 2016); (d) os símiles identificados apresentam, invariavelmente, duas entidades comparadas, um marcador de comparação (tertium), e, no máximo, dois atributos que possibilitam o estabelecimento de uma comparação figurativa entre essas duas entidades, concebidas como incomparáveis; (e) os símiles identificados desempenham, exclusivamente, uma função descritiva, relacionando-se, em geral, ao primeiro plano da narrativa; e (f) o texto imagético complementa o texto verbal, na medida em que estimula uma relação de proximidade e de intimidade entre o autor, o ilustrador e as personagens da narrativa e o público estimado. |