A construção do ethos discursivo nos textos de São Bernardo de Claraval: uma apropriação vocacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Batista, Mário Sérgio lattes
Orientador(a): Bastos, Neusa Maria Oliveira Barbosa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25097
Resumo: Pretende-se, nesta pesquisa, com base nos princípios metodológicos da Análise do Discurso de linha francesa, de acordo com alguns teóricos da área como: Dominique Maingueneau; Patrick Charaudeau; Eni P. Orlandi; dentre outros, analisar a construção do ethos discursivo nos textos de São Bernardo de Claraval, monge cisterciense que nasceu na última década do século 11 e viveu até meados do século 12. Os textos que compõem a constituição do corpus foram extraídos de seus sermões, cartas e tratados teológicos. A análise pretende explicitar que a consciência da vocação de abade se apropria do sujeito-enunciador e se reflete em seus textos. Para tanto, serão considerados o contexto histórico religioso da Idade Média, período em que a igreja exercia forte influência sobre a formação e cultura do homem medieval; a cena enunciativa dos referidos textos; o lugar que o sujeito-enunciador atribui para si em seu discurso; a imagem que ele constrói de si mesmo em seu discurso e a construção do ethos de credibilidade. Com o resultado da análise, se percebeu que São Bernardo de Claraval constrói o ethos de um sujeito-enunciador inscrito num contexto religioso cristão, que enuncia a partir de uma formação discursiva e ideológica cristã, com o propósito de persuadir seus enunciatários a buscarem a Deus e a se reconhecerem como necessitados pecadores, criando em seus enunciados a imagem de um sujeito-enunciador consciente da sua responsabilidade vocacional de abade.