Mapeamento do alunado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede municipal de ensino de Embu das Artes/SP: perfil clínico e escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araujo, Catherine Oliveira de lattes
Orientador(a): D'Antino, Maria Eloisa Famá lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24571
Resumo: Esta pesquisa é resultado das primeiras ações decorrentes de convênio firmado entre a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) – Programa de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento e o município de Embu das Artes/SP. A pesquisa teve como objetivos: descrever a e analisar documentos sobre a política de Educação Especial inclusiva do Município, o perfil clinico e a funcionalidade de 102 alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados, em outubro de 2017, na Educação Infantil, Ensino Fundamental e escola especializada do Município; conhecer e analisar o perfil profissional das 23 professoras que atuam nas Salas de Atendimento Educacional Especializado (SAED). A abordagem metodológica da pesquisa é quantitativa-qualitativa, tendo-se utilizado os seguintes instrumentos: Protocolo de Avaliação de Escolares com Deficiência Intelectual (PAEDI); Protocolo Clínico para qualificar o diagnóstico de TEA, segundo os especificadores do DSM- 5; Questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Para aplicação dos instrumentos, entre 2017 e 2018, foram realizadas 17 visitas em escolas/polos. Dentre os resultados da investigação, destacamos a existência de híbrido modelo de Educação Especial no Município – segregado & inclusivo; 9 das 23 professoras da SAED não são especialistas em Educação Especial; o Plano Municipal de Educação (PME) tem como uma de suas estratégias a organização de um currículo especializado para o Município. A funcionalidade dos alunos apresentou-se comprometida, mas com ampla variação no desempenho, com piores pontuações das crianças da Educação Infantil; há hiatos importantes entre a linguagem receptiva e expressiva dos alunos. Quanto ao perfil clínico, as características gerais seguem às de amostras similares: proporção de 4:1 entre meninos e meninas; a maioria com comprometimento grave, segundo os especificadores do DSM-5. Ressalta-se a relativa precocidade em que foi estabelecido o diagnóstico, entre 3 e 4 anos de idade, sendo que a maioria dos casos pelo sistema de saúde do próprio Município. Como conclusão do estudo assinalamos importante comprometimento clínico e da funcionalidade dos alunos com TEA. A articulação mais efetiva entre as ações dos professores do ensino regular e da SAED, e da equipe da área da saúde e da educação do Município, deverá contribuir para melhor qualificação das intervenções inclusivas junto ao aluno com TEA.