Colcha de fuxicos: tecendo fios negros no território de Canguçu e Pelotas (RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Lilian Soares da
Orientador(a): Schwartz, Rosana Maria Pires Barbato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/40029
Resumo: A colcha de fuxicos são pessoas e suas memórias do passado com os fios negros nas construções tecidas pelas lembranças familiares ocorridas nos territórios gaúchos de Canguçu e Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul. Perfazendo a trajetória e a genealogia de uma família negra, indígena e portuguesa investigada a partir de meu avô João dos Santos Soares, o protagonista principal e oriundo do primeiro fio para tecer a colcha. Os fios negros tecidos no trabalho de campo com foco em áreas de conhecimento interdisciplinares (Antropologia, História, Educação, Artes e entre outras) e a metodologia da pesquisa balizaram-se em fontes primárias (certidões civis, registros de propriedades, periódicos, mapas, documentos históricos e iconografias familiares), secundárias (pesquisas, narrativas e entrevistas orais semiestruturadas – 22 a 102 anos de idade) e, que estabeleceram as memórias, histórias e lembranças sobre as evidências como suporte metodológico não apresentadas no território em suas literaturas impressas e, em determinadas instituições governamentais, de cultura, pesquisa, estudos e difusão do conhecimento nos territórios sul-rio-grandense. Objetivando, o empoderamento e valorização do conhecimento técnico científico produzido na região, o aporte teórico metodológico balizar-se-á em referências com território (Cláudio Moreira Bento), memória (Pierre Nora, Ecléa Bosi e Sandra Pesavento), mapeamento no Rio Grande do Sul (Pedro Simon, Mario Osório Magalhães, Mario José Maestri Filho e outros) e, entre outras autorias e referenciais gaúchos. Isto posto, os problemas centrais da pesquisa em voga são a presença negra no território canguçuense e pelotense como marcos de uma história negra silenciada, com o mapeamento da origem familiar e dos laços afetivos por deslocamentos, resultando na construção de um panorama dos territórios negros e gaúchos com histórias, narrativas e memórias das pessoas que encontramos pelo caminho, como um trajeto formado por cada fio, cada retalho e cada fuxico em constante harmonia, costurado um a um para a colcha do Rio Grande do Sul, no qual, a pesquisa acadêmica contribui(rá) as futuras gerações do legado nas Famílias Soares e Souza, que antes eram nomes em uma certidão de registro civil e, que hoje se eternizam na história.