A relação entre intangibilidade, desempenho financeiro e desempenho de mercado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lauretti, Carlos Marcelo lattes
Orientador(a): Basso, Leonardo Fernando Cruz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23202
Resumo: O índice obtido pela divisão do valor contábil pelo valor de mercado do patrimônio líquido (Book-to-Market) é encontrado em estudos de finanças corporativas para capturar perspectivas de desempenho que não estão presentes nos demonstrativos contábeis. Estes estudos notam relações negativas entre ele e o futuro desempenho financeiro mensurado pelo retorno sobre os ativos, porém positivas com o desempenho de mercado mensurado pelo retorno para o acionista, mesmo que o retorno esperado para o acionista seja ajustado pelo risco não sistemático mensurado pelo Beta. O presente estudo procura mostrar que o índice Book-to-Market pode ser caracterizado como uma proxy para os recursos intangíveis idiossincráticos das empresas, e são estes recursos que proporcionam desempenho financeiro sustentável para as empresas. A sustentabilidade do desempenho financeiro pode explicar esta relação positiva entre o índice Book-to-Market com o retorno para os acionistas, já que os investidores estariam dispostos a aceitar um menor prêmio de risco oferecido por empresas intangível-intensivas. Se admitirmos a hipótese de eficiência de mercado, na qual os preços capturam todas as informações disponíveis publicamente ou não que afetem o valor das empresas, então as empresas intangível-intensivas apresentam menor risco. A presente pesquisa traz ainda a discussão de que sendo os ativos intangíveis idiossincráticos das empresas o que promoveria o desempenho financeiro sustentável, então uma métrica do constructo de intangibilidade teria maior poder explicativo para o observado desempenho financeiro e de mercado do que o Book-to-Market. A literatura de recursos estratégicos propõe como métrica do constructo de intangibilidade o índice Q de Tobin. Este estudo mostra que a utilização do índice Q de Tobin permite a construção de melhores estimadores de desempenho que o Book-to-Market, corroborando assim que é a intangibilidade que oferece melhores explicações para o desempenho financeiro e de mercado das empresas. Este estudo encontra uma forte relação positiva entre intangibilidade e desempenho financeiro sustentável e negativa com o desempenho de mercado.