O papel do BNDS na internacionalização de empresas brasileiras: o caso da JBS
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38139 |
Resumo: | O Brasil integrou os fluxos internacionais de investimento de maneira tardia, sendo considerado pelas principais teorias de internacionalização como atrasado, principalmente em relação aos países desenvolvidos. De fato, a internacionalização de empresas brasileiras ganha força a partir da década de 1990, com políticas e reformas que facilitaram a inserção de empresas brasileiras nos fluxos de investimentos diretos no exterior (IDE). Ainda que os anos 1990 tenham sido fundamentais para esta inserção, foi a partir de meados dos anos 2000 que as empresas brasileiras efetivamente iniciaram com mais agressividade a expansão internacional por meio de investimentos, contando com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES), essencialmente por meio de suas políticas flexíveis e democráticas de acesso a crédito e financiamento. O Brasil adotou políticas interessantes para a expansão, modernização, consolidação e internacionalização de empresas nacionais de setores considerados estratégicos, como a JBS, multinacional brasileira do setor de carnes com operações em dezenas de países. Dialogando com as principais teorias tradicionais de internacionalização de empresas e analisando as ferramentas e mecanismos de apoio do BNDES no processo de expansão internacional da JBS, nota-se um perfil altamente agressivo de investimentos diretos no exterior por meio da aquisição de competidores, fornecedores e empresas já consolidadas no setor de proteína. A maioria das empresas brasileiras não possui como hábito a expansão internacional de forma agressiva, por meio de aquisições diretas de concorrentes no mercado, essencialmente devido a sua cautela em relação ao risco do investimento direto no exterior e, também, por não serem administrativa e financeiramente consolidadas como a JBS, presente em um setor altamente competitivo e tecnológico no Brasil. Tais operações com foco principal na internacionalização da JBS contaram com financiamentos importantes do BNDES, desempenhando papel fundamental na consolidação da empresa no Brasil e no exterior, contribuindo positivamente com seus resultados mensuradores de sucesso e crescimento de suas operações em outros países. |