As mulheres brasileiras e o acesso à educação superior: conquista de autonomia ou reafirmação da desigualdade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Monica Sapucaia lattes
Orientador(a): Bertolin, Patrícia Tuma Martins lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23138
Resumo: A presente tese propõe investigar a relação entre a educação superior e a autonomia das mulheres brasileiras. A educação tem sido defendida como grande instrumento capaz de transformar as sociedades e combater as injustiças, desigualdades e preconceitos. Em especial, a educação superior tem sido considerada a ferramenta capaz de formar profissionais altamente capacitados para exercer as funções mais bem remuneradas. As mulheres, no mundo e no Brasil, abraçaram a educação e, desde o final do século XX, são a maioria dos estudantes universitários, além de corresponderem por quase 40% da força de trabalho. Contudo, ainda recebem rendimentos mais baixos do que os homens, ainda são poucas nos espaços de poder e representação e respondem quase que exclusivamente pelas tarefas domésticas e familiares. Esta tese está dividida em quatro capítulos, inicia pela análise da educação superior e seu papel para a construção da igualdade e da autonomia, apresentando o que é considerado educação superior e qual é seu papel na engrenagem capitalista contemporânea. Passa-se então para a narrativa sobre o percurso das mulheres brasileiras na educação superior, seus percalços e conquistas. O terceiro capítulo se debruça sobre a feminização/feminilização das profissões e seus efeitos nos mercados de trabalho e analisa especificamente as três profissões ¿imperiais¿: Direito, Medicina e Engenharia. Por último, observa-se a questão da bipolaridade do trabalho feminino, dos modelos de conciliação entre trabalho e família e como o Direito interfere ou não na divisão dessas funções entre os sexos. O desenvolvimento da pesquisa empregou tanto bibliografias nacionais e internacionais sobre gênero, educação, direitos fundamentais como dados estatísticos oficiais e institucionais sobre a realidade das mulheres na atualidade.