Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Marcos Bandeira de
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Orientador(a): |
Perrone, Rafael Antonio Cunha
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26001
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Resumo: |
Os registros gráficos executados durante o projeto passaram por grandes mudanças em suas técnicas, instrumentos e finalidades depois do aparecimento dos meios digitais. Os estudos sobre metodologia projetual deixam clara a sua complexidade, assim como a dos mecanismos de representação gráfica, que auxiliam e registram esses processos. A computação gráfica não eliminou os instrumentos nem as técnicas analógicas, mas somou-se a elas. Hoje há considerável variedade de ferramentas gráficas para subsidiar a reflexão e o registro do projeto que misturam recursos analógicos e digitais. Essa diversidade é benéfica, mas, para a exploração eficiente das suas potencialidades, requer conhecimentos técnicos, instrumentais e conceituais que ultrapassam os limites da Geometria, do desenho técnico arquitetônico e da computação gráfica. Observam-se no meio acadêmico algumas deficiências na orientação do uso dos novos recursos, além da separação entre o ensino/prática do desenho e sua relação com a realidade do projeto. Os estudos comprovam a pertinência e importância dos recursos analógicos no projeto, além de defenderem a convivência entre eles e os recursos digitais. A repercussão do emprego dos instrumentos digitais ocorreu simultaneamente na prática profissional e nas escolas de Arquitetura e, dentro destas, observa-se que os discentes desenvolvem procedimentos próprios para explorar essa gama de opções. Com o objetivo de traçar um panorama dessas práticas discentes, esta dissertação avaliou a produção analógica, de 2009 e 2014, observada na disciplina Trabalho Final de Graduação (TFG) da Universidade de Fortaleza nos momentos de concepção e de apresentação dos projetos. Para tanto, primeiramente, foi avaliada a matriz curricular que formou esses alunos e, em seguida o material gráfico produzido nas orientações e apresentações dos TFGs. Para esse último, foram feitos, inicialmente, um levantamento quantitativo e uma análise geral qualitativa de todos os trabalhos, tendo sido esta aprofundada por meio de cinco estudos de caso. O material avaliado revela grande atenção dispensada a desenhos específicos durante o processo projetual, destacando-se as plantas e as perspectivas. Os desenhos demonstram deficiências técnicas na execução gráfica e pouca relação com a realidade construída. Constatam-se instrumentos digitais como auxiliares dos desenhos analógicos, mas também verifica-se que os conteúdos das disciplinas de desenho não tratam desse tipo de técnica híbrida. Dessa forma, revelam-se três tipos básicos de técnicas: analógica, digital e híbrida. Os dados explicitam pontos norteadores de decisões didáticas das disciplinas de projeto, de desenho, do próprio TFG e da inter-relação delas. Como resultado deste estudo, fica evidente que o uso do desenho à mão livre continua pertinente no meio acadêmico, mas também que ele não pode ser tratado de maneira conservadora ou atrelada a processos anteriores ao uso dos sistemas digitais. Além disso, conclui-se ser preciso definir e assumir, dentro dos currículos acadêmicos, um desenho específico para o arquiteto, levando em consideração todas as possibilidades tecnológicas, analógicas e digitais. |