Dos apartamentos quitinetes aos estúdios em São Paulo: a produção de habitação mínima em 1950 e na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Oliveira Filho, Marco Antônio Martins de
Orientador(a): Perrone, Rafael Antonio Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/40310
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo realizar o levantamento e a análise acerca da produção de apartamentos da tipologia quitinete, na segunda metade do século XX, e apartamentos estúdios, na contemporaneidade, ambos dentro da cidade de São Paulo. O trabalho destina-se a compreender os contextos socioculturais, históricos, legais e econômicos capazes de catalisar e interpretar a produção desses apartamentos no âmbito dos seus recortes temporais e geográficos. A produção de habitação em São Paulo, a partir de 1950, se transformou com a consolidação do incorporador e a metodologia mercantil na produção da arquitetura. A lógica da multiplicação do terreno com a verticalização do edifício acabou por ganhar um incremento em sua mercantilização, tendo como desdobramento a diminuição da metragem das suas habitações. Nesse sentido, a habitação mínima na década de 1950, denominada quitinete, foi feita a partir do neologismo com os termos kitchen (cozinha) e dinette (pequena sala de jantar, ou copa), para configurar apartamentos que compartilham o mesmo espaço entre sala e dormitório, sem divisórias físicas. Essa nova tipologia, que já era realidade em outros países, se populariza na cidade de São Paulo, sendo largamente aplicada por uma gama de arquitetos até 1957. Na contemporaneidade, essa tipologia é revisitada e incorporada na produção arquitetônica, ganhando um novo nome: estúdios. Assim, apartamentos que agora compartilham todos os ambientes em um mesmo espaço, com exceção do banheiro, apresentam-se com uma metragem em média 50% menor que a tipologia anterior, abrindo precedentes para a indagação sobre a obtenção da qualidade interna dessas habitações. Nessa perspectiva, esta dissertação de mestrado – ancorada em metodologia de caráter bibliográfico, documental e de estudo de caso –, cria paralelos nas análises entre a produção de habitação mínima realizada pelo mercado imobiliário em recortes temporais distintos, no intuito de entender a sua formulação, a partir de contextos externos ao campo arquitetônico, e revelá-los por meio de análises desenvolvidas em dois estudos de casos, amplificando o debate diante da produção arquitetônica e de suas implicações na sociedade.