Os entraves da reabilitação de edifícios na região central de São Paulo para habitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Neves, Munique Florêncio das
Orientador(a): Somekh, Nadia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28900
Resumo: Na grande maioria dos países subdesenvolvidos, de sistema político-econômico vinculado ao capitalismo, o acesso ao mercado imobiliário privado é tão restrito que gera uma dinâmica urbana conflituosa e um grave desequilíbrio social. Em outras palavras, as cidades vão refletir a estrutura de uma sociedade desigual que é característica de um desenvolvimento econômico baseado na exploração de mão-de-obra de baixo custo e que, por esse motivo, não permitiu habitações ou equipamentos urbanos de qualidade para a população não-elitista. Tais habitações foram então produzidas, ano após ano, fora do alcance do Estado regulador – liberal ou não – sem conhecimento técnico, planejamento ou financiamento. Se de um lado temos a negligência com a questão da moradia, do outros temos a relação entre investimento público pontual e setor imobiliário privado, onde o primeiro alimenta o segundo e transforma a cidade, local antes idealizado para suprir necessidades humanas e estabelecer vínculos sociais, em uma arena de lucro. Frente a esse problema, surgem as perguntas: Como viabilizar a distribuição de moradia digna e acesso a equipamentos para todos? Como reestruturar a ocupação de uma cidade? A resposta talvez esteja na reciclagem de um território nutrido de infraestrutura, como o território central – antes em declínio -, que apresenta um potencial de reestruturação imenso desde que planejado. Para isso, deve promover a permanência de usuários, comércios locais e a conservação de patrimônios históricos, além da preservação de memórias através da reciclagem de edifícios convertidos em moradia. De maneira alguma se espera que o mercado privado se volte inteiramente para o financiamento de moradias sociais ou que periferias sejam extintas. O intuito é criar uma alternativa para a imagem da cidade e, sendo assim, por que não partir da questão habitacional, reabilitando um vasto estoque imobiliário existente vazio, a fim de diminuir custos e aumentar a qualidade de vida baseada na infraestrutura de regiões centrais.