Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Mourão, Josiberto Carlos Ferreira Silva
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Orientador(a): |
Hilgert, José Gaston
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25388
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é analisar o tema da desconstrução da escola como espaço do fazer científico em crônicas de Rubem Alves. O interesse pelo tema surgiu da nossa observação, em nosso contexto de trabalho, de que esse autor, de forma convergente e/ou divergente, exerce grande influência no cenário pedagógico brasileiro ao abordar a educação escolar como tema de suas crônicas. Como ponto de partida do trabalho, selecionamos três textos do autor citados com mais freqüência que constituem o corpus da pesquisa: Pinóquio às avessas, Gaiolas ou asas? e As lições dos moluscos. Nesses textos, pudemos constatar que, no discurso de Alves, se revela certa tendência em desconsiderar a escola como um lugar do fazer científico e em apresentá-la, em contrapartida, como o espaço do ideal (não real) para o fazer lúdico-empírico, traduzido no aprender com prazer . Muito embora se oponham à concepção fatalista do sistema formal de educação, tais discursos, tendo por base uma visão romântica de mundo, colaboram, a nosso ver, para desnortear a ação da escola no cultivo de valores e no exercício de funções indispensáveis para formação do cidadão frente às exigências da vida real. Para demonstrarmos que as crônicas de Rubem Alves desconstroem a escola como espaço do fazer científico e propõem para esse espaço um fazer lúdico-empírico, valemos-nos de uma análise fundamentada nos princípios teóricos e metodológicos da semiótica discursiva Greimasiana. Nesse sentido, partimos do princípio de que o discurso de Alves, com a concepção de escola que defende, apresenta uma estrutura narrativa diferente daquela que sustenta os discursos em favor de uma escola cuja meta é promover o conhecimento por meio do fazer racional-cognitivo. E, em sendo verdade, conforme a semiótica, de que narrativas distintas implicam estruturas fundamentais e realizações discursivas específicas, podemos identificar nas crônicas de Rubem Alves uma concepção de escola promotora de uma educação segundo uma visão de ideal romântico da vida em que o afeto e o prazer prevalecem como estratégias pedagógicas. |