Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Francisval de Melo
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Orientador(a): |
Kayo, Eduardo Kazuo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23250
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Resumo: |
Preconiza a RBV que os recursos e competências são distribuídos de forma heterogênea entre as firmas de determinada indústria, sendo, portanto, a principal causa da variação observada no desempenho das empresas. Quando esses recursos são raros, valorosos e difíceis de serem imitados e a firma dispõe de uma estrutura organizacional adequada para explorá-los, eles têm o potencial de promover o desempenho superior e persistente da empresa. Utilizando o modelo adaptado de Villalonga (2004), a presente pesquisa foi realizada com o objetivo inicial de avaliar se o desempenho superior e persistente das firmas tem alguma relação com a intangibilidade dos recursos das mesmas. No momento seguinte, verificou-se se o desempenho superior e persistente das empresas foi influenciado pela variação da tangibilidade de seus recursos. O desempenho da firma foi medido pelo lucro específico da firma (LEF), calculado pela diferença entre o retorno sobre o ativo (ROA) da firma e o valor médio do ROA do setor da economia do qual a empresa faz parte. Desempenho superior indicou que a firma apresentou LEF acima da média do setor e desempenho persistente indicou que o desempenho superior permaneceu no longo prazo. A intangibilidade dos recursos foi medida pelo Q de Tobin e a tangibilidade pela variação do PL. A amostra foi constituída por empresas brasileiras de capital aberto com ações listadas na Bovespa e com informações disponíveis na base de dados da Consultoria Economática®. As técnicas estatísticas utilizadas foram regressões multivariadas usando o método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), análises de painel estático com estimativas por efeitos fixos (EF) e efeitos aleatórios (EA) e painel dinâmico com estimativas pelo Método dos Momentos Generalizados (GMM). Os principais resultados encontrados sugerem que, para a realidade brasileira, a intangibilidade dos recursos é um fator que contribui para o desempenho acima da média das firmas. No entanto, essa influência é perceptível de forma positiva e significativa em poucos setores da economia. Mesmo contribuindo para o desempenho superior, a intangibilidade dos ativos não se revelou como vantagem competitiva sustentável, pois foi constatado que esses recursos não contribuem para a persistência do desempenho superior das firmas, divergindo assim de resultados obtidos em outros estudos. Existem evidências estatísticas de que a variação dos recursos tangíveis tem importância para explicar o desempenho acima da média das firmas brasileiras. No entanto, percebe-se uma influência bastante variável entre os setores da economia. Além de contribuir para o desempenho superior, a tangibilidade dos recursos pode ser considerada como uma fonte de vantagem competitiva sustentável, pois contribuiu de forma significativa para a sustentabilidade do desempenho superior das firmas de diversos setores da economia. |