500 anos do Gueto de Veneza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caon, Paolo Simeone lattes
Orientador(a): Coutinho, Suzana Ramos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25781
Resumo: O objetivo deste trabalho foi pesquisar a origem, o desenvolvimento e o quotidiano do Gueto de Veneza, que registrou 500 anos de existência tendo como força de atração aspectos étnicos e de identidade manifestados no exercício da religião judaica, dentro da evolução histórica da República de Veneza e no contexto da relação dos judeus com a comunidade mais ampla. O gueto se localiza na cidade de Veneza, no bairro de Canareggio, desde sua fundação em 1516 até os dias atuais. O primeiro capítulo trata das origens do Gueto, desde o significado do nome ao relacionamento da República de Veneza com o judeus que comercializavam em “terra firme”, a necessidade de financiamento da sociedade veneziana em contraposição com a usura não permitida pela Igreja, chegando-se finalmente ao decreto de 1516 com a criação institucional do Gueto e suas atividades iniciais com a inauguração dos bancos de penhor. O segundo capítulo aborda a chegada de três diferentes nações (todescos, levantinos e ponentinos), que ocasionará a expansão do Gueto e forte atividade cultural, e apresenta os principais desdobramentos até a extinção oficial do Gueto por Napoleão em 1797. O terceiro capítulo descreve o Gueto na atualidade. A pesquisa foi de natureza histórica (dedutiva) e antropológica, pois o trabalho desenvolvido pertence ao campo teórico relacionado à teoria da identidade, abrangendo aspectos pertinentes à etnicidade e à identidade religiosa. Assim, houve uma busca por elementos indicativos de preconceito, discriminação, segregação e autossegregação no objeto de estudo. A metodologia baseou-se em uma pesquisa de campo exploratória (survey) que incluiu entrevistas com pesquisadores italianos sobre o assunto e moradores atuais do Gueto, com o propósito de identificar as características contemporâneas do lugar. Para a realização das entrevistas e levantamento de informações foram feitas três visitas ao Gueto. Durante as três visitas, ocorreram encontros/aulas com o historiador Umberto Fortis, um dos principais estudiosos do assunto. Ademais, o professor Fortis forneceu grande parte do material utilizado neste trabalho e autorizou o seu uso. Uma vez que esse material não foi publicado pelo autor, não foi possível fazer-lhe referência explícita.