O uso de vídeomodelação no ensino de comportamento altruísta para crianças com TEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rocha, Renata Aparecida de Oliveira
Orientador(a): Osório, Ana Alexandra Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TEA
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39970
Resumo: Crianças com TEA apresentam déficits significativos no que se refere aos comportamentos sociais. O conhecimento sobre esse tema pode nos ajudar a caracterizar melhor a natureza das dificuldades em suas interações com os outros e contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenção. Mais concretamente, torna-se necessário estudar indicadores de eficácia e efetividade de intervenções na manutenção e generalização dos comportamentos pró sociais. Uma modalidade de intervenção que vem se mostrando capaz de gerar melhorias comportamentais no TEA é a videomodelação. Os objetivos deste estudo foram: (1) Verificar se a intervenção com videomodelação é eficaz no ensino de habilidades que envolvem o comportamento altruísta de crianças pequenas com TEA; (2) Comparar resultados de tipos diferentes de intervenção (videomodelação x instrução direta); (3) Testar as associações entre o desempenho nas tarefas e: a) o nível de desenvolvimento cognitivo das crianças e b) o nível de sintomas de TEA. A amostra foi composta por 27 crianças pré-escolares, todas com diagnóstico de TEA, recrutadas em clínicas especializadas em atendimento de crianças com desenvolvimento atípico no Estado de São Paulo. A amostra foi dividida em dois grupos (grupo experimental e grupo controle ativo), pareados por idade e nível da capacidade cognitiva. As crianças que colaboraram no estudo tinham entre 3 anos e 6 meses e 6 anos e 6 meses. Ambos os grupos foram avaliados com testes de funcionamento cognitivo, social e comportamental: a) ICA - Inventário de Comportamentos Autísticos; b) SON-R 2 ½ - 7 – Teste Não-verbal de inteligência e c) Tarefas de Comportamento Altruísta. Para fins estatísticos, os dados foram analisados por meio do software Jamovi (versão 2.5.3.0). Testes-t para amostras independentes revelaram a ausência de diferenças entre idade, nível de sintomas e QI entre o grupo experimental e o grupo controle ativo. Como esperado, houve uma melhoria significativa no desempenho das crianças do grupo experimental ao longo do tempo. No que se refere a taxa de melhoria comparando as estratégias de ensino, no grupo experimental foi de 111% e no grupo controle ativo de 45%, porém não foi observado um efeito de interação (grupo x tempo) estatisticamente significativo. Por fim, não foram encontradas correspondência entre o nível de sintomas e o desempenho nas tarefas de comportamento altruísta na linha de base e verificou se que quanto maior o QI, melhor o desempenho das crianças nas tarefas de comportamento altruístas.