Tradução e adaptação cultural para a língua portuguesa do Brasil do Inventário de Problemas de Comportamento 01 - The Behavior Problems Inventory (BPI-01)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Baraldi, Gisele da Silva lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22469
Resumo: Pessoas com distúrbios do desenvolvimento e deficiência intelectual freqüentemente apresentam problemas de comportamento em níveis variados de gravidade que prejudicam seu desenvolvimento, adaptação social e possibilidades de inclusão. Os procedimentos mais utilizados para identificar problemas de comportamento são a observação comportamental e os inventários comportamentais padronizados. No Brasil há uma escassez de instrumentos padronizados para avaliar problemas de comportamento em populações com desenvolvimento atípico. O objetivo do estudo é traduzir e realizar adaptação cultural do instrumento The Behavior Problems Inventory-BPI-01 para a língua portuguesa do Brasil. A amostra foi composta por 60 crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 16 anos de idade (30 com desenvolvimento típico e 30 com desenvolvimento atípico), seus respectivos cuidadores e três profissionais da área de distúrbios do desenvolvimento. Os instrumentos de coleta de dados foram os seguintes: a) Versão Brasileira do Inventário de Problemas Comportamentais/The Behavior Problems Inventory-BPI-01, b) Versão brasileira do Inventário dos comportamentos de crianças e adolescentes de 6 a 18 anos (CBCL/ 6-18), c) Escala de Inteligência Wechsler para crianças, d) Questionário de Avaliação de Autismo/ASQ. Os coeficientes de validade de conteúdo resultantes da avaliação dos itens, efetuada pelos juízes com base nos critérios de objetividade, clareza e precisão oscilaram entre 0,7 e 0,8 (70 a 80% de concordância). Indicadores de consistência interna entre os itens do BPI-01 mediante uso do coeficiente Alfa de Cronbach identificaram um coeficiente de 0,65 na escala de comportamentos auto-agressivos, 0,91 na escala de comportamentos estereotipados e 0,82 na escala de comportamentos agressivos/destrutivos. Para avaliar a relação entre sensibilidade e especificidade entre os valores de freqüência das escalas do BPI-01, foi utilizado o método das Curvas de Características de Operação do Receptor (Curva ROC - Receiver Operating Characteristic). Resultados preliminares desta análise identificaram valores de sensibilidade 0,76 e especificidade 0,06 para um escore de 0.5 ponto na escala de comportamentos auto-agressivos; 0,40 de sensibilidade e 0,03 de especificidade para um escore de 1,5 ponto na escala de comportamentos estereotipados e; 0,23 de sensibilidade e 0,03 de especificidade para escore igual a 3,5 pontos na escala de comportamentos agressivos/destrutivos. A análise de correlação mediante uso de coeficiente Spearman entre os escores do BPI-01 e os escores do inventário ASQ e CBCL/6-18 identificou coeficientes estatisticamente significativos de nível médio a moderado. Os resultados mostraram indicadores de validade convergente adequados entre as escalas do BPI-01 e os inventários CBCL/6-18 e o ASQ. Os valores dos coeficientes Alfa de Cronbach mostraram adequadas propriedades estatísticas de fidedignidade da versão brasileira do instrumento. Embora seja necessário ampliar o número amostral, os valores preliminares obtidos mediante uso de método ROC apontam para indicadores adequados de sensibilidade e especificidade nas escalas de auto-agressividade e estereotipia com pontos de corte entre o grupo típico e atípico de 0,5 e 1,5 respectivamente.