Desafios da inclusão social na quarta revolução industrial

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Ramos, Ainna Vilares
• Orientador(a): Florêncio, Juliana Abrusio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
• Palavras-chave em Português: empregabilidade; eficiência; educação; desenvolvimento; produtividade
• Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/31209

Existem muitos desafios relacionados à inclusão social dentro da nova estrutura criada pela Quarta Revolução Industrial; o desenvolvimento da globalização e do capitalismo, alimentados pelo rápido crescimento industrial, e a promoção do advento tecnológico estão associados ao aumento do nível de eficiência e de qualificação profissional para a realização de atividades com fulcro no ganho de produtividade. A Quarta Revolução Industrial, alimentada pelo uso da Inteligência Artificial, na inclusão da robótica no dia a dia e na utilização de algoritmos como base para a realização de tarefas automatizadas, traz um novo parâmetro para o mundo do trabalho e o universo da educação, tendo em vista que os novos modelos incentivam a competitividade e reduzem os postos de trabalho. O presente estudo tem como objetivo analisar os meandros da inovação sobre o ponto de vista da infraestrutura das políticas de inclusão tecnológica, focalizando nas políticas públicas adotadas no Brasil para o estímulo da conectividade e utilização das ferramentas digitais como promotor de ganhos profundos no mundo do trabalho. Além disso, a pesquisa investiga as implicações da revolução tecnológica no Plano Nacional de Educação e a relação da educação superior com a Inteligência Artificial, a fim de promover a amplitude da observação acerca da perspectiva atual nacional e das consequências negativas de um desdobramento que desestimula a educação e distancia os alunos da produtividade e da eficiência. Como consequência direta, a ausência de um ensino adequado se reflete no mundo do trabalho, o que leva à análise do pleno emprego e das relações sociais que geram o desemprego estrutural. Para tanto, o estudo utiliza-se do método científico dialético, na medida em que realiza um debate discursivo acerca dos efeitos da inovação, proporcionando uma argumentação teórica galgada no pensamento crítico. Percebe-se que a ausência de uma educação básica qualificada reflete diretamente no aprofundamento dos níveis de desigualdade social, na medida em que dada a necessidade de utilização constante de ferramentas tecnológicas no presente e no futuro, a qualificação profissional necessária para a operação de determinados fatores produtivos é perspectiva distante da população brasileira. A viabilização de postos de trabalho público figura como uma das ferramentas possíveis para balizar o aprofundamento dos efeitos da revolução tecnológica no Brasil, ao passo que garante o mínimo necessário para a sobrevivência digna e cria condições para o desenvolvimento individual e coletivo da sociedade.