O conceito do amor de Deus em Meditaciones Sobre los Cantares, de Santa Teresa de Jesus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Raymundo, Larissa de Macedo lattes
Orientador(a): Gutiérrez, Jorge Luis Rodriguez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25638
Resumo: O ponto central deste trabalho é a simbologia, usando-se de símiles, alegorias e metáforas, que Santa Teresa de Jesus usou em sua obra, Meditaciones sobre los Cantares, a fim de explicar como sentia, experimentava e intuía o amor que Deus tinha por ela e que ela se esforçava por retribuir. Para ela, a fonte privilegiada para sua inspiração estava em O Cântico dos Cânticos, o Shir Hashirim dos hebreus, El Cantar de los Cantares (na língua de Teresa). No texto de Santa Teresa, que ela não intitulou, mas que seus editores têm intitulado de Meditaciones sobre los Cantares (SANTA TERESA, 1979, p. 333), a autora descreveu o amor de Deus vivenciado como conflito (e nisso se percebe uma influência de Santo Agostinho). Deus foi sentido como falta e experimentado como desejo, desejo de se unir a Ele em corpo e alma. Essa duplicidade, por sua vez, transformou-se em amor místico. Nisso Teresa de Jesus está na mesma linha de alguns filósofos da Antiguidade, que entendiam o amor como ausência , isto é, desejo do que não temos e amor pelo que desejamos (Platão, Orígenes e Santo Agostinho). Em Meditaciones sobre los Cantares, Santa Teresa manifestou sua vontade (mística, por um lado, e corporal, por outro) de encontrar Deus e estar junto a Ele de corpo e alma. Dessa maneira, Santa Teresa mostrou estar em sintonia com a Teologia mais tradicional e ortodoxa, que afirmava que em Cristo existem as duas naturezas: completamente homem e completamente divino (Concílio de Calcedônia, 451 d.C.). Para relatar esse desejo de encontro, Teresa utilizou de símbolos de O Cântico dos Cânticos, expressando-os e renovando-os em sua obra Meditaciones sobre los Cantares, tema central de nosso projeto.