Anatomia gráfica do cavalo como máquina: reflexões que obscurecem o sujeito não humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bulcão, Carla Santana Soares
Orientador(a): Rizolli, Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39765
Resumo: Este trabalho apresenta representações de cavalos, passando por outras espécies não humanas, nas linguagens verbal, escrita e visual. O problema central aborda a questão dos cavalos e a menção de outros animais não humanos, partindo do conceito do animal como máquina, conforme apresentado por Descartes (1997). Para discutir algumas implicações éticas e morais do progresso tecnológico e científico, mencionamos autores como Hannah Arendt (1999) e Walter Benjamin (2012), assim como Horta (2017). O estudo aborda o conceito de especismo, que é a discriminação contra seres sencientes com base em sua espécie, justificando a exploração e o tratamento cruel de animais para alimentação, experimentação, entretenimento e outros usos. Propomos essa discussão no campo das artes e nos baseamos na metodologia de análise temática de Braun e Clarke (2006), utilizando a linha como a principal proponente no encaminhamento para destacar os temas. Selecionamos duas obras de artistas de séculos distintos, Jean-Baptiste Debret e Glauco Rodrigues, para análise. A justificativa em obras baseadas no naturalismo, conforme descrito por Philippe Descola (2023) e DeMello (2012), aponta que as representações artísticas podem refletir percepções culturais e influenciar a interação entre animais humanos e animais não humanos. Integrando conhecimentos de diferentes disciplinas, como psicologia e comportamento do cavalo, este trabalho pretende contribuir para a percepção das dinâmicas de poder e das representações simbólicas dessa espécie na arte e na cultura. Além disso, aponta para outras direções artísticas ao trazer uma seleção de trabalhos que debatem sobre as relações entre animais humanos e animais não humanos, destacando a importância da interdisciplinaridade no estudo dessas questões. Nas considerações finais, o trabalho destaca a complexidade das representações dos cavalos e outras espécies não humanas em diversas formas de linguagem e expressão artística, e seu possível impacto na percepção e tratamento em relação a essas espécies. Propomos uma reflexão crítica sobre a ética animal e as relações interespécies, sugerindo que futuras pesquisas explorem ainda mais essas questões.