Alexandra Kollontai: a mulher, o direito e o socialismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cruz, Paula Loureiro da lattes
Orientador(a): Mascaro, Alysson Leandro Barbate lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23719
Resumo: A presente pesquisa aborda o pensamento de Alexandra Kollontai, autora russa marxista e feminista que se destacou durante o regime de transição socialista iniciado com a Revolução Russa Proletária de outubro de 1917. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo junto ao alto escalão do governo, como Comissária do Povo do Bem-Estar Social, a ocupar o posto de Embaixadora em diversos países, e finalmente ao receber o título de Ministra Plenipotenciária, na Noruega. Seu pensamento feminista tornou-se notável (e objeto de embates polêmicos), ao propor nova moral sexual, a se estabelecer na futura sociedade comunista, fundada nos princípios proletários da solidariedade, da camaradagem e da coletividade, como meio de propiciar cidadania. Por meio de detalhada análise sob a perspectiva marxista, Kollontai concebe a problemática feminina como questão social, haja vista a estreita ligação existente entre a exploração e opressão da mulher no mercado de trabalho e no âmbito familiar e o regime econômico capitalista. Como forma de assegurar a libertação da mulher, com sua participação nas fileiras de trabalho em igualdade de condições com os homens, Kollontai propõe a socialização dos serviços domésticos e dos cuidados com os filhos. Aprofundando a linha de pensamento desenvolvida por Engels em A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, a autora propõe a abertura dos relacionamentos entre os sexos, sob a forma de união livre, e antecipa os contornos da forma familiar futura, definindo-a como família universal proletária, em que não mais haverá diferenciação entre os filhos. Sua notoriedade também é vista em virtude da sua participação como líder da Oposição Operária, facção criada dentro do Comitê Central do Partido Comunista Bolchevique durante o regime de transição, que se opunha frontalmente a decisões adotadas por líderes do Partido, em especial, Vladimir Ilich Ulianov (Lenin), bem como aos caminhos adotados no curso da revolução.