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Análise imunoistoquímica do CD133, c-MYC e AXL no adenocarcinoma e pólipos colorretais e sua associação prognóstica e clínico-patológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rutz, Leticia Elizabeth Augustin Czeczko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Brasil
UPM
Princípios da Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28062
http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/4473
Resumo: Introdução: O câncer colorretal (CCR) tem sido extensivamente caracterizado molecularmente nos últimos anos para fornecer ferramentas que possam permitir a diferenciação de subgrupos com implicações prognósticas e terapêuticas diferentes. O CD133, é uma glicoproteína transmembrana atualmente considerada como o marcador de superfície mais robusto das células tronco tumorais do câncer colorretal. O c-MYC é um dos principais genes responsáveis pela regulação do crescimento e metabolismo celular e sua superexpressão o transforma em um potente oncogene. O AXL é um receptor tirosina quinase, que no contexto da malignidade, impulsiona processos abrangentes, incluindo transição epitelial para mesênquima. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o prognóstico e características clínico-patológicas do CD133, c-MYC e AXL nos adenocarcinomas colorretais e associar sua positividade com a displasia e morfologia nos pólipos. Material e Método: No grupo adenocarcinoma foram incluídos 122 pacientes de ambos os gêneros, os quais tiveram diagnóstico entre os anos de 2010 e 2015. No grupo pólipos foram estudados 39 pólipos colorretais resultantes de polipectomias realizadas em colonoscopias entre os anos de 2009 e 2012. Foi realizada imunoistoquímica para os biomarcadores CD133, c-MYC e AXL em todas as amostras. Dados clínicos retrospectivos foram coletados e plotados em duas tabelas de dados. Através da técnica TMA (tissue microarray) os tecidos foram submetidos a imunoistoquímica pela técnica de peroxidase. As informações clínico-epidemiológicas foram cruzadas com o resultado obtido pela imunomarcação e sua análise estatística. Resultados: No grupo adenocarcinoma a amostra era de 63 homens (51,6%) com idade média de 61,9 anos. Houve uma distribuição de 40 casos em cólon direito (34,4%) e 75 em cólon esquerdo e reto (61,4%). A maioria dos pacientes apresentou uma classificação UICC avançada III e IV (n=74). Do total, 68 (55,7%) morreram e observou-se que são fatores de risco independentes para o óbito (p<0,05) adenocarcinomas histologicamente pouco diferenciados e a presença de progressão de doença. O tempo mediano de sobrevida geral estimado foi de 30 meses. O CD133+ (tumores CD133 positivos) apresentou relação de proteção contra o óbito na análise univariada, porém essa relevância não ocorreu na análise multivariada. Houve associação entre os tumores c-MYC+ (tumores c-MYC positivos) e a presença de metástase para outros locais (não hepática, pulmonar e peritoneal). O AXL teve quatro casos positivos, impossibilitando análises adicionais. Não houve associação significante entre as demais características analisadas. No grupo pólipo havia 31 adenomas (79,5%) e 15 (38,5%) presentaram displasia de alto grau. Dos 39 pólipos, marcaram positivamente para CD133: 35,9% (n=14); para c-MYC: 15,4% (n=6) e para AXL: 15,4% (n=6). Não foi encontrada associação estatisticamente significante entre os tumores positivos e o tamanho dos pólipos, localização, tipo, diagnóstico histológico e displasia de alto grau. Foi encontrada uma concordância moderada entre os biomarcadores c-MYC e AXL por apresentarem 28 (71,8%) casos concordantes e 11 (28,2%) discordantes. Conclusão: o CD133 não é um fator independente de proteção contra o óbito no adenocarcinoma colorretal, enquanto o c-MYC possui associação com metástase a distância. Os pólipos não apresentaram associação entre o CD133, c-MYC, AXL e variáveis clinico-patológicas Há uma tendência do c-MYC e do AXL serem superexpressos no mesmo perfil de tumores.