(Re)pensando estratégias para as cidades inteligentes brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Baden Powell, Igor
Orientador(a): Florêncio, Juliana Abrusio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32226
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como objetivo refletir sobre a necessidade de uma nova abordagem, i.e., uma contra narrativa, para as cidades inteligentes, que seja pautada em questões relacionadas à cidadania, à democracia e ao uso de dados. A narrativa construída, ao longo dos anos, em torno das cidades inteligentes (ou smart cities) revela-se, por vezes, corporativista e neoliberal. O trabalho parte da hipótese da existência de uma apropriação do termo por uma retórica de consumo tecnológico que, a princípio, não aparenta ter como norte central o compromisso com melhorias sociais e urbanas. Para demonstrar a tese defendida, apresenta-se, inicialmente, a forma pela qual a concepção de cidades inteligentes foi sendo estruturada ao longo dos anos, por meio de uma abordagem dividida em três gerações. Após isso, ressalta-se o potencial inovativo e coletivista que as cidades possuem, tendo em vista a possibilidade de maior participação de seus cidadãos na criação de cidades de fato inteligentes, ressaltando o papel fundamental que esta construção plural pode desempenhar na construção dessa nova abordagem conceitual. Por fim, constata-se que o valor real das cidades inteligentes está centrado nos cidadãos e, em se tratando da utilização de seus mais variados tipos de dados, decorre a necessidade de, ao se pensar em uma contra narrativa, sejam consideradas estratégias que pensem cidades inteligentes, sobretudo sob o enfoque da população que nestas cidades vive, se locomove e trabalha. A pesquisa traz alguns exemplos dessas estratégias, sendo que, após análise de alguns fatores, a mais adequada está centrada na adoção, pelas cidades brasileiras, de infraestruturas digitais urbanas alternativas. É necessário retomar o controle sobre tecnologias, dados e infraestruturas, os quais se revelam fatores imprescindíveis para uma gestão cooperativa das cidades inteligentes do futuro: mais democráticas e inclusivas.