Mulheres na ciência: análise do livro "As cientistas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brito, Mariana Santos lattes
Orientador(a): Andrade, Maria de Fátima Ramos de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25070
Resumo: A presença feminina nas ciências não é corriqueira. Acontece de forma muito inferior à presença masculina, sempre rodeada de questões marcadas por preconceitos e desigualdade. A própria discussão do que é ciência não é simples e demanda aprofundamento e reflexão para que o conceito não seja mal compreendido. A fim de explorar essas questões, o mercado editorial tem lançado diversos livros infantis que tratam de mulheres revolucionárias, inclusive nos campos da ciência. Esses livros têm a intenção de aproximar um leitor infantil do universo abordado pelo material editado. Um desses livros é o objeto de pesquisa do presente trabalho: o livro “As Cientistas: 50 Mulheres que Mudaram o Mundo” de Rachel Ignotofsky traduzido por Sônia Augusto, lançado em 2017. Assim, a presente pesquisa optou por utilizar esse livro como objeto de estudo a fim de entender como trata as questões da ciência e se ele cria condições para que jovens meninas se sintam atraídas por carreiras nas áreas de ciências. Portanto, o objetivo é o de investigar o sincretismo presente no livro, reconhecendo se ele incentiva ou não o interesse de meninas nas áreas das ciências, analisando os elementos que compõe o texto sincrético, interpretando seu conteúdo. Para tal será utilizada a semiótica discursiva. Foram feitas análises de cinco cientistas retratadas no livro: Jane Goodall (primatóloga), Rachel Carson (bióloga marinha), Valentina Tereshkova (engenheira), Mae Jemison (astronauta) e Alice Ball (química). As análises mostraram que o livro tem potencial para atrair jovens meninas para as carreiras de ciências, mas, como também traz discursos pouco plausíveis sobre como conquistar sucesso nessas áreas, pode afastar leitoras mais velhas. O livro também forma algumas estereotipias sobre o conceito de ciências, sendo importante discutilas para que as leitoras possam compreender o texto de forma integral.