Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Ana Luíza Monteiro Mendes
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Orientador(a): |
Schwartzman, José Salomão
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22722
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Resumo: |
O avanço da medicina e dos cuidados intensivos neonatais permitiram maior sobrevida de recém-nascidos pré-termo nos últimos tempos. Contudo, faz-se necessário compreender as repercussões de prematuridade sobre o desenvolvimento da cognição dessa população e eventuais dificuldades que possam vir a ocorrer ao longo da vida desses indivíduos. Estudos prévios indicaram que as dificuldades encontradas se referiam a prejuízos no funcionamento cognitivo que têm sido associados à prematuridade e ao baixo peso ao nascer. O interesse científico volta-se para a análise de possíveis resultados do nascimento prematuro nos adolescentes em relação ao desenvolvimento geral, sobretudo na avaliação precisa das habilidades cognitivas que possam interferir na qualidade de vida do indivíduo. O objetivo principal deste estudo foi fazer a avaliação da cognição de adolescentes nascidos pré-termo, abaixo de 37 semanas de gestação e com peso menor ou igual a 1.500g, estabelecendo o perfil dos Índices de Compreensão Verbal (ICV), Índice de Organização Perceptual (IOP), Índice de Memória Operacional (IMO) e Índice de Velocidade de Processamento (IVP), que juntos resultam no QI Total, e fazer a comparação a partir do perfil normativo; os objetivos secundários são avaliar as funções executivas (FE) nesta população; rastrear se há a presença de sintomas de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA); correlacionar os resultados com possíveis intercorrências relatadas nos prontuários dos sujeitos incluídos. Foram avaliados 11 adolescentes, sendo três do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades entre 13 e 15 anos que nasceram com menos de 37 semanas de gestação e peso de nascimento menor ou igual a 1.500 gramas e que seguem em acompanhamento no Programa Multidisciplinar do Ambulatório de Prematuros, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Os instrumentos utilizados foram o WISC-IV e o Wisconsin Test (WCST), a escala de rastreio de autismo ABC, além da coleta de dados demográficos e clínicos dos adolescentes incluídos. Os resultados do WCST apontam um déficit no desempenho, que parece estar relacionado à prematuridade. Os resultados do WISC-IV sugeriram maior dificuldade nos subtestes Dígitos, Aritimética e Informação, além de médias mais baixas em todos os índices avaliados. O grupo de adolescentes cujas mães possuíam escolaridade menor que 9 anos apresentou pior desempenho em IOP, IVP e QIT. Adolescentes classificados como Pequeno para a Idade Gestacional (PIG) apresentam resultados mais baixos e/ou piores em todos os índices avaliados pelo WISC-IV do que aqueles classificados como Adequado para a idade Gestacional (AIG), com diferença estatisticamente significante entre os grupos para IOP. Os adolescentes nascidos com peso entre 500 gramas e 700 gramas e com menor IG tiveram piores resultados gerais. Apenas um adolescente positivou o rastreio de TEA. |