Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Angelis, Luciana Oliveira de |
Orientador(a): |
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/40292
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Resumo: |
A estimulação com LEGO®️ tem sido amplamente investigada como um programa de desenvolvimento social voltado para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Este protocolo utiliza atividades estruturadas com LEGO®️ para promover habilidades sociais e mitigar dificuldades comportamentais e de saúde mental comumente associadas ao TEA. Durante a estimulação, os participantes organizados em trios são estimulados a construir modelos LEGO®️ juntos, seguindo tarefas e regras específicas, com o objetivo de adquirir repertório comportamental e melhorar seus padrões de interação social. Este estudo teve como objetivo explorar os efeitos de um protocolo de estimulação que utiliza estratégias baseadas em evidências e recursos LEGO®️ para estimular crianças com TEA, comparando a estimulação mediada por especialistas e por pares neurotípicos. A pesquisa envolveu 18 crianças com TEA, necessidade de suporte 1 ou 2, com quociente de inteligência (QI) acima de 70, e três pares típicos, com QI acima de 80, e idades entre 5 e 8 anos. Os participantes foram randomizados em três grupos: estimulação mediada por especialistas, estimulação mediada por pares típicos e grupo controle. As medidas de avaliação incluíram a Escala Abreviada de Inteligência de Wechsler, o Inventário de Comportamentos Autísticos (ICA) para verificar características comportamentais relacionadas ao TEA, o Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) nas versões para pais e professores para avaliação comportamental e emocional, o Questionário de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (DCDQ) para verificar riscos de atrasos motores e o Inventário de Dificuldades nas Funções Executivas, Regulação e Aversão ao Retardo – Versão Infantil (IFERA) verificar dificuldades em Funções Executivas, Regulação e Aversão ao Adiamento. As sessões foram realizadas em contexto escolar e tiveram duração média de 40 minutos, duas vezes por semana, totalizando 14 encontros. As interações foram mediadas em um dos grupos por pares típicos treinados e no outro mediadas por especialista. Trechos dos vídeos de todas as sessões foram analisados a partir da codificação dos comportamentos por dois avaliadores independentes para averiguar as habilidades de interação adquiridas. O estudo comparou as sessões pré-intervenção, pós-intervenção e duas medidas de seguimento, 30 e 60 dias após o término da estimulação, para identificar diferenças nos padrões dos comportamentos estimulados intragrupos e intergrupos. Os participantes de ambos os grupos experimentais apresentaram ganhos significativos no comportamento social, com uma diferença estatisticamente significativa pré e pós-intervenção (χ²(5) = 25,905, p < 0,001). Esses ganhos foram mantidos nos pontos de acompanhamento de 30 e 90 dias após a estimulação. Além disso, foi observado um declínio significativo nas dificuldades comportamentais relatadas pelo SDQ nas versões para pais e professores, que também foram sustentadas no follow-up. O grupo controle não apresentou diferença nos comportamentos. Por fim, foi medida a satisfação dos participantes que avaliaram a atividade como prazerosa. Os resultados sugerem que a presente estimulação estruturada e combinada à mediação por pares, é um método eficaz para promover comportamentos adaptativos e pró-sociais em crianças com TEA e possui benefícios duradouros. |