Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Ana Flávia Nejaim
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Orientador(a): |
Brito, Regina Helena Pires de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25535
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Resumo: |
Ao analisar diversos problemas frequentes nas redações estudantis, muitos professores de Língua Portuguesa têm dificuldades de traçar estratégias que revertam o quadro encontrado, tanto no que diz respeito à articulação do conteúdo, quanto ao manejo dos recursos linguísticos que possibilitam a realização do texto. Tendo em vista a complexidade de tal cenário, nesta dissertação, desenvolveu-se um caminho didático-metodológico para o trabalho com redação em sala de aula. Para isso, aplicou-se uma sequência didática com uma turma de trinta e sete alunos, do 2ºEnsino Médio, de uma escola particular, localizada em Jacareí - SP. O objetivo principal desta pesquisa foi fazer com que os alunos se tornassem autoavaliadores de suas produções textuais, buscando-se, desse modo, assegurar o seu aprendizado por meio de um ensino contextualizado e reflexivo. Para alcançar esse objetivo, elaborou-se um quadro de categorias de análise, inspirado, principalmente, nos apontamentos feitos por Garcia (2010), em Comunicação em Prosa Moderna, obra basilar não apenas para a elaboração do quadro, como também para a análise dos resultados e para as reflexões geradas por eles. Por meio das categorias de análise, a professora responsável pela turma, no processo de correção, sinalizou ocorrências a fim de que, posteriormente, os alunos consultassem o quadro proposto e contabilizassem os itens mais frequentes em suas redações. Observa-se, assim, que esta pesquisa pode servir de paradigma para o processo de avaliação de redações nas escolas, onde, frequentemente, os professores atribuem notas aos textos dos alunos sem que estes compreendam e analisem os critérios utilizados em tal atribuição. Essa rota de ensino- aprendizagem foi traçada com base nos estudos desenvolvidos pela Linguística Textual, com destaque aos posicionamentos de Halliday e Hasan (1976), Beaugrande e Dressler (1996), Guimarães (1999), Antunes (2013) e Neves (2013); somados aos estudos concernentes ao ensino de redação, destacando-se os trabalhos de Rocco (1981), Val (1997), Hoffman (2002) Bernardo (2007/2010) e Pécora (2012). Por meio dessas vertentes teóricas, foi possível desenvolver um ponto de vista diferenciado para os problemas frequentes nas redações de alunos do Ensino Médio. Com isso, o sequenciamento das atividades visou à reflexão, fortemente amparada em uma perspectiva freireana, o que foi estimulado desde discussões em sala de aula, leituras de textos pertencentes a diferentes gêneros textuais, até, finalmente, a elaboração de uma redação dissertativa que contemplava o assunto “liberdade”. Ao se fazer uma análise detida desse processo, construiu-se a perspectiva do direito a uma escrita autorreflexiva, na qual os alunos, além de serem os autores, também são os críticos dos textos que produzem. Cabe à escola instrumentalizá-los para que realidades como essa se efetivem, formando, de tal modo, cidadãos do mundo, sujeitos atuantes na realidade sócio-histórica onde se inserem. |