Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bragança , Isabela |
Orientador(a): |
Moreira, Maria Elisa Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33919
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Resumo: |
Esta dissertação tem como propósito analisar a relação entre pai e filho tal como caracterizada no romance O lado bom da vida, de Matthew Quick (2012), e em sua homônima adaptação cinematográfica, de David O. Russell (2012), buscando: a) entender quais foram as mudanças essenciais desse relacionamento familiar entre livro e filme; b) explorar as possíveis motivações para essas escolhas; e, principalmente, c) entender como elas impactam na interpretação das obras pelo público. Estudos que envolvem a discussão sobre a adaptação de obras literárias estão consolidados no meio acadêmico, como os desenvolvidos pela autora Linda Hutcheon (2011), que é a principal referência teórica para este trabalho, visto que ela apresenta e defende uma visão ampla e coerente sobre a recepção de uma obra adaptada, entendendo-a como uma produção criativa, que não deve — não se pretende e não conseguiria — ser idêntica à primeira obra. Com este referencial, tomamos a adaptação cinematográfica de Russell (2012) como uma leitura particular do romance de Quick (2012), na qual foi necessário reestruturar alguns episódios e modificar algumas relações entre personagens, primeiramente pela natureza das mídias, que implicam diferentes tempos e espaços, mas também por outras questões técnicas e sociais. A hipótese norteadora da pesquisa foi de que tanto a reestruturação de acontecimentos do romance quanto a modificação de características de alguns personagens e seus relacionamentos são, em grande medida, decorrentes: 1) do fato de que a obra cinematográfica alcança um público diferenciado, que espera uma dinâmica narrativa mais fluida; 2) da relação pessoal do diretor com a obra de Quick (2012) gerar consequências em suas escolhas técnicas; e 3) da expectativa do público, mesmo que inconscientemente, de ver uma relação parental mais expressiva e condizente com a contemporaneidade, na qual tanto pai quanto filho busquem alguma forma de comunicação, ainda que falha. Para seu desenvolvimento, o trabalho foi dividido da seguinte forma: na Introdução da dissertação explicita-se o tema da pesquisa, objetivos, justificativa e metodologia; no Capítulo 2 são esclarecidos conceitos sobre a relação entre obra literária e sociedade, além de serem apresentadas definições tradicionais e modernas de “família” e da função paterna nesta; o terceiro capítulo analisa a relação parental construída especificamente no romance de Quick (2012); o quarto capítulo apresenta essa relação na adaptação cinematográfica, destacando as implicações interpretativas das mudanças observadas para o público telespectador e leitor. O texto é finalizado com as Considerações finais e com as referências que fundamentaram teórica e criticamente a pesquisa realizada. |