"Quando a gente não entende das coisas, a gente não sabe lidar com elas": estudo de caso de um aluno com síndrome de Tourette cursando o ensino público regular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gomes, Millena de Cássia Ormenese lattes
Orientador(a): Becker, Elisabeth lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22636
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo compreender o percurso de escolarização de um aluno com Síndrome de Tourette, estudante de uma classe regular do ensino público. Procurou compreender as dificuldades por ele experimentadas, assim como aquelas provocadas por seus comportamentos, focalizando as possibilidades de expressão de preconceito e estigmatização presentes no ambiente escolar. A pesquisa foi desenvolvida no enfoque qualitativo e a opção metodológica adotada foi o estudo de caso, sendo que o aluno, seus familiares e profissionais da equipe escolar e de atendimento foram entrevistados. Os dados obtidos através dessas entrevistas semi-estruturadas foram submetidos à análise de conteúdo, resultando em treze categorias. Sinalizam que este aluno enfrenta dificuldades nas relações sociais, já tendo sido incompreendido até no ambiente familiar, permanecendo alvo de atitudes preconceituosas por parte de seus colegas e, eventualmente, até de professores. A equipe escolar busca favorecer sua inclusão, adotando alguns recursos simples, coerentes aos sugeridos na literatura especializada. Foi observada uma tendência do aluno a identificar-se e a servir de apoio a outras crianças com necessidades educacionais especiais. A família, particularmente a mãe, desempenha um papel fundamental no acolhimento do jovem na escola, fornecendo esclarecimentos constantes, suporte às situações de crise e promovendo o intercâmbio entre a equipe de atendimento.