À sombra da vida nua: uma leitura biopolítica da infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bentes, Jackson Luiz Nunes lattes
Orientador(a): Tiburi, Marcia Angelita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24596
Resumo: A tese desta investigação segue duas linhas paralelas. Na primeira desenha-se a história da infância a partir da qual é possível dizer que se construiu uma identidade da infância. Na segunda, entra em jogo a questão da vida à sombra da infância . Nesta linha, tem-se em mente que Walter Benjamin, autor fundamental para este trabalho, ao cunhar o conceito de vida nua , abriu caminho para se pensar a questão da infância sob um viés que, mais tarde, Michel Foucault, ainda que se ocupando de outras questões, chamou de biopolítica. Para realizar esta investigação, percorre-se um caminho que perpassa os meandros da história, da condição do ser ao qual se deu o nome de infância e o ser que se chamou de criança. O problema central é pensar a questão da vida deste ser chamado criança enquanto esta vida é determinada pelo poder. Refletindo sobre a criança e a infância, ou as infâncias, desde a filosofia até a linguagem do cinema, encontrou-se o filme O Enigma de Kaspar Hauser , que revela um personagem emblemático daquilo que Benjamin chamou de vida nua . Juntamente com a análise deste filme, a intenção da presente pesquisa é resgatar uma reflexão sobre a infância que seja capaz de levar em conta a produção cultural da infância para além da naturalização do infantil. A pergunta que serve de fio vermelho costurando as linhas paralelas refere-se ao problema da naturalização. A linguagem parece ser o que permite pensar a criança e a infância e toda a submissão ao poder à qual ela foi condenada indo, por meio disso, para além das ilusões da natureza .