A campanha de nacionalização em Videira : "um tempo para ser esquecido"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Zago, Denise lattes
Orientador(a): Heinsfeld, Adelar lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: História
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/62
Resumo: Este estudo sobre a campanha de nacionalização do governo de getúlio Vargas tem como cenário o atual município de Videira, no meio oeste catarinense. Partindo da sua formação territorial e concomitante ocupação, analisa-se o surgimento das comunidades germânicas na região de Videira no início do século XX. Os imigrantes de origem alemã - e da mesma forma os de origem italiana - ao se estabelecerem, ergueram escolas e igrejas, criaram sociedades de definiram normas de convivência que, aliadas ao isolamento em que viviam, levaram à manutenção da identidade cultural da pátria mãe. Durante o Estado Novo, quando o governo se dá conta que a germanidade mantida nestes núcleos existentes no sul do país, conflitava com a idéia de nacionalidade brasileira, dá início a campanha de nacionalização. Neste contexto a população de Videira, sente os reflexos da aplicação das leis nacionalizadoras que proibiam o uso do idioma, livros e símbolos estrangeiros. Escolas, igrejas e associações foram fechadas temporariamente e em alguns casos definitivamente. Nos espaços políticos e sociais de articulação entre o local e o nacional, destacam-se como agentes na nacionalização, o Coronel Gasparino Zorzi, Don Daniel Hostin, bispo de Lages e o interventor federal no estado de Santa Catarina, Nereu Ramos. Durante o processo de nacionalização e também nos anos posteriores, as ações dos representantes do governo a nível estadual, Nereu Ramos e a nível federal, Getúlio Vargas, repercutiram de forma contraditória ao imaginário da população local, enquanto Getúlio Vargas era e ainda é visto carismático, determinado e um governante com pulso firme, Nereu Ramos é descrito como sério, sisudo e antipático, como que atribuindo a responsabilidade da repressão aos estrangeiros somente ao interventor