Cinzas das Folhas de Bambu: Material Cimentício Suplementar Sustentável
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Oeste Paulista
Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional Brasil UNOESTE |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1563 |
Resumo: | As mudanças climáticas e os desastres naturais registrados nos últimos anos têm obrigado a humanidade a buscar maneiras mais sustentáveis de viver e para isso é imperativo encontrar alternativas produtivas que demandem menos dos recursos naturais e causem menos poluição. A produção de cimento causa grandes impactos no meio ambiente com a emissão gases causadores do efeito estufa o que tem motivado a pesquisa de materiais alternativos menos poluentes. Ao buscar no passado é possível encontrar um cimento primitivo chamado atualmente de material pozolânico. Hoje os materiais pozolânicos estão presentes em diversos cimentos e apresentam vantagens técnicas como maior resistência em ambientes agressivos. Entre os materiais pozolânicos destacam-se alguns resíduos como escória de alto-forno e a cinza volante. A busca por novos materiais é importante a fim de atender demandas crescentes e locais. A cinza da folha de bambu (CFB) é um material relativamente novo e que tem se destacado. Nesse sentido, uma revisão sistemática de literatura foi realizada a fim de identificar o estado da arte e lacunas importantes no conhecimento. A partir deste ponto, dois gaps foram investigados. Primeiro: A eficiência da cura interna em argamassas compostas com cinza de folha de bambu. Neste capítulo foi utilizado o carbopol 940 (C940) enquanto polímero superabsorvente (PSA) nas quantidades de 0,1%, 0,2% e 0,3% em relação a massa de cimento. O PSA foi inserido previamente entumecido e inserido em argamassas cujo cimento foi substituído por quantidades de 12,50% e 25% de CFB. Diversos ensaios foram realizados para caracterizar os materiais utilizados e as argamassas produzidas. Os resultados mostraram que a CFB apresentou a reatividade necessária para uso enquanto material pozolânico. Já o C940 utilizado não apresentou as características físicas ideais para ser empregado como PSA em materiais cimentícios não contribuindo efetivamente com a cura interna o que levou a queda da resistência a compressão das argamassas testadas. No segundo estudo a durabilidade de argamassas compostas com 20%, 25%, 30% e 40% de CFB foi avaliada a partir de ensaios de resistência a compressão, resistividade elétrica, resistência a migração e difusão de cloretos e carbonatação. O ensaio mecânico mostrou equidade da resistência a compressão das argamassas compostas com a referência, mesmo com os maiores níveis de substituição de cimento (30% e 40%). A resistividade elétrica indicou que maiores quantidades de CFB tornaram a matriz cimentícia mais densa. Os resultados dos testes de resistência ao ataque por cloretos, avaliada frente a migração e a difusão, mostraram melhor desempenho das argamassas compostas. O coeficiente de migração da argamassa com 40% de CFB foi 5,75 vezes menor que ao da argamassa de referência. Os dados obtidos demonstraram que a CFB pode representar uma excelente alternativa de material cimentício suplementar onde o este resíduo de outras cadeias produtivas está disponível, trazendo melhoras na durabilidade e diminuído custos de manutenção das edificações. |