TRANSMISSÃO DE SINAL DE FALTA DE ÁGUA ENTRE PLANTAS: EFEITOS SOBRE A TEMPERATURA E A PRESSÃO DE TURGOR FOLIAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Toledo, Gabriel Ricardo Aguilera de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Ciências Ambientais
BR
UNOESTE
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/tede/handle/tede/494
Resumo: É crescente o número de evidências de que plantas antecipam respostas a estresses em consequência da sinalização emitida por plantas vizinhas. Transmitir sinal de falta de água entre plantas é um fator que acrescenta complexidade na dinâmica de populações, comunidades e ecossistemas. Conhecer mais sobre essa capacidade das plantas pode ser útil para agricultura, principalmente sistemas agro- florestais, e para esforços de reflorestamento. Sendo assim, este trabalho foi realizado para tentar encontrar mais evidências da transmissão de sinal de falta de água entre plantas. Para tanto, foram utilizados parâmetros relacionados à abertura estomática (temperatura e turgor foliar) para medir os efeitos de uma planta sob falta de água sobre plantas vizinhas. A abertura estomática, a temperatura e o turgor foliar são parâmetros indicativos do status hídrico. Foram realizados dois experimentos, um medindo a temperatura, outro a pressão de turgor foliar. Foi usado Glycine max como modelo experimental. As plântulas foram submetidas à poda, deixando-se apenas duas raízes semelhantes por planta ( split-root ). As mudas foram arranjadas em séries com 4 potes e 3 plantas (cada planta ficou com suas raízes divididas entre dois potes). Para induzir falta de água repentina, foi utilizada solução de manitol (-2 MPa), aplicado no primeiro pote. A temperatura foliar foi monitorada com uma câmera termográfica e o turgor foliar foi monitorado pela sonda magnética de pressão de turgor foliar (ZIM-probe). A análise dos dados foi feita em cima da interpretação dos gráficos. A variação de temperatura foliar aconteceu de forma sincrônica entre as plantas de cada série. A variação do turgor foliar foi totalmente alterada depois do estresse em metade das repetições. Nas séries onde o turgor foi alterado houve sincronia também. As condições ambientais de temperatura do ar, e de umidade relativa do ar, foram monitoradas e não mostram correlação com as variações de temperatura e turgor foliar. A sincronia indica que tenha havido comunicação. É possível que a comunicação de falta de água aumente a estabilidade de populações. Populações mais estáveis podem ter mais chances de deixar mais descendentes para próximas gerações. Assim, é provável que a capacidade de comunicar a falta de água a outras plantas seja uma característica moldada pela seleção natural e distribuída dentre os táxons.