Genotoxicidade associada à exposição crônica a herbicida a base de glifosato em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Camilla Passarela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciência Animal
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1456
Resumo: Apesar dos estudos realizados pela indústria sugerirem que o glifosato é pouco tóxico para as espécies não alvo, os estudos realizados com este herbicida colocam em dúvida sua segurança para a saúde de outras espécies. O objetivo deste estudo foi avaliar a genotoxicidade da exposição crônica por via oral e inalatória ao herbicida glifosato em ratos. Para a realização dos experimentos, forma utilizados 88 ratos Wistar albinos, machos, adultos, divididos em nove grupos: CI - Grupo Controle Inalatório: animais expostos à nebulização com água destilada (n=10); CO - Grupo Controle Oral: ração nebulizada com água destilada (n=10); BI - Grupo de Baixa Concentração Inalatório: animais expostos a nebulização ao herbicida com 2,99 x 10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a/ha) (n=10); BO - Grupo de Baixa Concentração Oral: ração nebulizada com o herbicida na concentração de 2,99 x 10-3 g.i.a/ha (n=10); MI - Grupo de Média Concentração Inalatório: animais expostos a nebulização ao herbicida com 4,99 x 10-3 g.i.a/ha (n=10); MO - Grupo de Média Concentração Oral: ração nebulizada com o herbicida na concentração de 4,99 x 10-3 g.i.a/ha (n=10); AI - Grupo de Alta Concentração Inalatório: animais expostos a nebulização ao herbicida com 7,48 x 10-3 g.i.a/ha (n=10); AO - Grupo de Alta Concentração: ração nebulizada com o herbicida na concentração de 7,48 x 10-3 g.i.a/ha (n=10); controle positivo (CP) (n=8), cujos animais receberam ciclofosfamida em dose única no primeiro dia do experimento e foram eutanasiados 24 horas após. Foram coletadas células da medula óssea para o teste do micronúcleo e para o ensaio do cometa. Os demais animais foram eutanasiados 6 meses após o início do experimento. A mediana de micronúcleos nos grupos controles inalatório e oral foi de 0, no grupo BI de 4,5, no BO de 1,5, no MI de 5, no MO de 1, no AI de 5, no AO de 3, e no grupo controle positivo de 9. Houve diferença entre os grupos estudados (p< 0,0001). Em relação à via de exposição, os animais expostos por via inalatória apresentaram maior número de micronúcleos do que os expostos por via oral (p< 0,0001). Ao ensaio do cometa, enquanto os grupos controle apresentaram maior número de células com classe de dano 0, os animais expostos ao GBH apresentaram maior número de células com classe de dano 4, principalmente aqueles expostos a altas concentrações (p<0,05). Concluímos que exposição inalatória ao GBH acarreta em maior formação de micronúcleos, e as exposições a maiores concentrações apresentam um maior dano em célula única, evidenciado pelo ensaio do cometa.