Toxicidade ao trato digestório associada à exposição ao herbicida ácido diclorofenóxiacético (2,4-D) em ratos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde Brasil UNOESTE |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1379 |
Resumo: | Introdução: O herbicida diclorofenoxiacetico (2,4-D) é uma auxina sintética da classe dos herbicidas clorofenoxiácidos, e foi o primeiro herbicida seletivo desenvolvido para controlar plantas dicotiledóneas ou plantas de folha larga, folhas de cultivo e ervas daninhas. É um dos herbicidas mais utilizados no mundo devido à sua aplicabilidade geral e baixo custo. A exposição humana ao 2,4-D pode ser através do contato com a pele, ingestão ou inalação, podendo apresentar danos a essa exposição. Não evidências de uma associação entre a exposição ao 2,4-D e doenças gastrointestinais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o possível dano ao trato digestório mediante exposição crônica por via oral e inalatória ao herbicida 2,4-D em ratos. Material e métodos: Oitenta ratos Wistar albinos, machos e adultos, foram distribuídos em 8 grupos (n=10): I - Grupo controle inalatório: expostos à nebulização com água destilada; O - Grupo controle oral: receberam ração nebulizada com água destilada; 2,4-D LI - Grupo exposto à baixa concentração de 2,4-D por via inalatória; 2,4-D LO - Grupo exposto à baixa concentração de 2,4-D por via oral; 2,4-D MI - Grupo exposto à média concentração de 2,4-D por via inalatória; 2,4-D MO - Grupo exposto à média concentração de 2,4-D por via oral; 2,4-D HI - Grupo exposto à alta concentração de 2,4-D por via inalatória; 2,4-D HO - Grupo exposto à alta concentração de 2,4-D por via oral. Foram utilizadas três concentrações conforme recomendação descrita na bula do produto: 3,71 x 10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a/ha) de 2,4-D, considerada baixa concentração; 6,19 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4-D, considerada média concentração; e 9,28 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4-D, considerada alta concentração. Os animais foram expostos durante 6 meses. Foram coletados esôfago, estômago e intestino delgado e grosso para análise histopatológica. Resultados: Um animal do grupo 2,4-D HO foi a óbito durante o estudo devido à infecção do conduto auditivo. Não houve diferença no peso dos animais e no consumo da ração ao longo do experimento entre os grupos de estudo (p > 0,05). Hiperceratose foi observada na maioria dos animais expostos ao 2,4-D e foi independente da via de exposição (oral ou inalatória) (p < 0,05). Não foram observadas alterações gástricas em nenhum dos animais avaliados. Somente animais expostos à média e alta concentração de 2,4-D, apresentaram displasia tanto no intestino delgado quanto no intestino grosso (p < 0,05) e esta foi de grau leve em todos os casos. Conclusão: A exposição crônica ao 2,4-D, independente da via e concentração de exposição, acarreta em dano ao esôfago e a média e alta concentrações apresentam potencial carcinogênico para o intestino. |