Estudo da prevalência de Escherichia coli diarreiogênica em crianças do Oeste Paulista.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sasso, Vanessa Teixeira Paulino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1398
Resumo: A doença diarreica é um grande problema de saúde pública, acometendo principalmente crianças residentes em áreas de desenvolvimento no Brasil, como zonas urbanas, rurais e peri-rurais. A região do Oeste Paulista tem um índice de urbanização ainda fraco apresentando falta de saneamento adequado para a população. Algumas cepas de Escherichia coli colonizam o trato gastrointestinal e são responsáveis por provocar diarreia, sendo denominadas E. coli diarreiogenicas (DEC). Escherichia coli pode ser classificada em sete categorias de acordo com o perfil de virulência e com as síndromes clinicas que causam, sendo eles, E. coli enteropatogênica (EPEC); E. coli enteroagregativa (EAEC); E. coli produtora da Toxina Shiga (STEC); E. coli enterohemorrágica (EHEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC) assim como E. coli enteroinvasiva (EIEC) e E. coli aderente difusa (DAEC). Esse estudo teve como objetivo verificar a prevalência de isolados de DEC em amostras de fezes infantis, determinando-as quanto ao patotipo e a resistência à drogas antimicrobianas. Foi observada maior prevalência de EPEC, presentes em 10% das amostras; seguido de STEC com 8% e por último de EAEC com 6% e hibrida EPEC-a/EAEC-t com 2%. No entanto, não foi observado a presença dos patotipos de ETEC e de EIEC nessas regiões. O perfil de resistência às drogas antimicrobianas foi verificado através do método de difusão em ágar para os seguintes antimicrobianos: ampicilina (10 μg), ácido amoxicilina – ácido clavulânico (30 μg), cefazolina (30 μg), cefuroxima (30 μg), cefotaxima (30 μg), cefepime (30 μg), imipenem (10 μg), gentamicina (10 μg), tobramicina (10 μg), ciprofloxacina (5 μg) e cotrimoxazol (25 μg). Os dados demonstram alta frequência de isolados resistentes aos antimicrobianos ampicilina e cefuroxima. Por outro lado, apenas 1 isolado deste grupo de amostras foi resistente aos efeitos bactericidas do imipenem. Além disso, 54% das amostras testadas são resistentes simultaneamente a 3 ou mais antimicrobianos testados e 32% são multirresistentes. Os dados são de importância clínica-epidemiológica, uma vez que demonstram características intrínsecas de DEC isoladas de crianças nesta região jamais estudada.