Dinâmica ambiental e sucessão ecológica das matas ripárias: avaliação da mastofauna e avifauna no alto curso do rio Santo Anastácio, Pontal do Paranapanema/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vieira, André Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1641
Resumo: Nossa tese investigará uma parte fundamental dos ecossistemas florestais: as matas ripárias. Um diagnóstico da mastofauna e da avifauna da região estudada nos permitirá avaliar as alterações ambientais que impactam diretamente na sucessão de matas ciliares. Investigar a interação entre práticas agrícolas locais e a conservação das matas ciliares, propondo estratégias que promovam o desenvolvimento sustentável e a preservação da biodiversidade na região do Pontal do Paranapanema. A hipótese da tese – A perda de espécies vegetais e animais, interdependentes, desestabiliza os sistemas ecológicos na Bacia do Rio Santo Anastácio. E que tal dinâmica é evidenciada pela variação nos estágios sucessionais das Matas Ripárias, que impacta diretamente a diversidade e os papéis funcionais de aves e mamíferos na região. Para o levantamento de dados da pesquisa utilizamos a seguinte metodologia: métodos de observação direta, por meio de transecção linear; banco de dados do GADIS; recursos do Software ArcGis 10.8. Os dados do uso e ocupação da terra da Bacia Hidrográfica do Alto Curso do Rio Santo Anastácio, evidencia áreas de pastagem com poucos fragmentos florestais, e mosaicos de usos em grande parte da área, isso revela que as ações antrópicas são perenes na região e possuem grande disparidade sobre as áreas florestais, o que diz respeito em área de 114,11 km² de ocupação de terra (pastagem), seguido por mosaico de usos com 49,40 km², florestal com área de 18,66 km² e área urbana com 10,54 km² de área ocupada. O mapa de declividade da bacia hidrográfica do alto curso do rio Santo Anastácio demonstra os níveis de declividades no qual são representados entre 3% e 30%. As áreas mais íngremes ficam no setor leste e sul, perto das nascentes dos afluentes do rio Santo Anastácio, enquanto as áreas mais planas estão próximas à foz dos afluentes e do próprio rio Santo Anastácio, especialmente perto da represa de abastecimento público. A análise da cobertura vegetal nativa na bacia hidrográfica do alto curso do Rio Santo Anastácio revela que as áreas de preservação permanente (APPs) abrangem um total de 22,69 km². Dentro dessa extensão, apenas 6,91 km², correspondendo a 30,43%, estão cobertos por florestas nativas. Portanto, a análise dos estágios sucessionais das matas ripárias, com base nos índices apresentados, destaca a complexidade desses ecossistemas e sua relevância, verificada pelos testes estatísticos realizados. A indiscutível importância das matas ripárias consiste na manutenção da biodiversidade e na regulação dos processos hídricos na bacia hidrográfica do alto curso do Rio Santo Anastácio.