Capacidade biodegradadora de fungos basidiomicetos Pleurotus ostreatus e Ganoderma sp. em efluentes da indústria do couro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: GOMES, Angela Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1371
Resumo: Durante o processo de fabricação do couro existem etapas onde se adicionam vários produtos químicos, acarretando efluentes com elevada toxicidade e uma expressiva carga orgânica. Estes efluentes são submetidos a tratamentos físicos, químicos e biológicos, essenciais para minimizar o impacto ambiental. Na etapa biológica são utilizados micro-organismos, como as bactérias, que apresentam uma boa degradação do material orgânico. Adicionalmente, a utilização de fungos no setor biotecnológico é muito atrativa devido às características que esses micro-organismos apresentam como, por exemplo, o metabolismo bastante dinâmico e rápido. Considerando estas especificidades, neste estudo foram analisadas a capacidade biodegradadora das espécies Pleurotus ostreatus e Ganoderma sp. em amostras de efluentes de um curtume, incluindo a possibilidade de redução da quantidade de cromo (III) e (VI). Para verificar a resistência dos micro-organismos à toxicidade do efluente, foram analisadas a taxa de crescimento radial com e sem a adição de efluentes e a biomassa micelial final. Observou-se que ambos os micro-organismos tiveram eficiência nos tratamentos e que o menor tempo de incubação dos fungos no efluente acarretam em melhores resultados, sendo uma redução acima de 90% para o material biodegradável (DBO e DQO) e acima de 70% para as espécies de cromo (III) e (VI). O fungo Pleurotus ostreatus demonstrou um maior crescimento evidenciando uma menor sensibilidade à toxicidade do meio. A fim de se verificar simultaneamente o efeito de um grande número de variáveis a partir de um número reduzido de experimentos, os experimentos para o tratamento do efluente foram realizados através de um planejamento fatorial com ponto central, utilizando como variáveis: i) o tipo de fungo; ii) o pH do meio ; iii) o tempo de exposição. Como respostas foram utilizadas a demanda química de oxigênio (DQO), a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), a quantidade de cromo (III) e cromo (VI). Assim, foi possível perceber que o pH foi a variável que demonstrou ser mais significativa para a remoção de cromo (III) do efluente estudado devendo portanto, ser monitorado dentro das faixas estipuladas.