Terapia com ozônio no controle de lesões cerebrais em ratos neonatos com hidrocefalia experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rosseto, Laryssa Petrocini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193260
Resumo: Resumo- Hidrocefalia é uma doença neurológica comum em neonatos e que está associada à destruição de axônios periventriculares decorrente de processos isquêmicos, oxidativos e inflamatórios consequentes à dilatação ventricular. Nos casos onde a derivação liquórica é inviabilizada, tratamentos conservativos são usados como teraria neuroprotetora. A terapia com ozônio (O3) tem sido associada a efeitos neuroprotetores por controlar processos oxidativos, inflamatórios e degenerativos em lesões isquêmicas ou associadas à idade. O objetivo deste estudo foi investigar, os efeitos da ozonioterapia no comportamento, desenvolvimento motor e astrogliose reativa em encéfalos de ratos jovens com hidrocefalia. Trinta e dois ratos foram separados aleatoriamente em quatro grupos de oito animais sendo: grupo controle (C); grupo controle + O3 (CO3); grupo hidrocefálico não tratado (HNT); grupo hidrocefálico tratado com O3 (HTO3). Os animais dos grupos HNT e HTO3 foram induzidos à hidrocefalia com sete dias de idade por injeção de caulim a 10% na cisterna magna. Com 14 dias de idade, os grupos CO3 e HTO3 receberam quatro tratamentos de O3 medicinal na dose de 0,1mg/kg, na concentração de 5µg/mL via intraperitoneal. Os ratos foram pesados diariamente e expostos a testes de comportamento até o final do experimento. Todos os animais foram submetidos à eutanásia com 28 dias de vida, e seus encéfalos retirados e processados para análise histológica e imunoistoquímica do corpo caloso e matriz germinativa. Ratos do grupo HNT apresentaram pior desempenho em teste de comportamento de campo aberto quando comparados aos ratos C e CO3 (P =0,0202). Além disso, esses animais apresentaram ganho de peso tardio comparado aos demais grupos. Os animais HTO3 obtiveram desempenho semelhante ao grupo C nos testes de campo aberto e maior ganho de peso quando comparado ao grupo HNT. Na avaliação histológica convencional observou-se que a hidrocefalia produziu redução da população de células neurais e sinais sugestivos de morte nas células remanescentes nas estruturas encefálicas estudadas, além de evidências de lesões nas fibras nervosas, com sinais de edema e esgarçamento. Após estudo por imunoistoquímica para GFAP, foi observado também que a hidrocefalia causou reação astrocitária nessas mesmas estruturas. Todas as lesões observadas foram atenuadas após o tratamento com administração de O3. Esses achados indicam que a ozonioterapia possui potencial ação neuroprotetora mediada em parte, pela regulação da reação astrocitária.