Concepções de professores alfabetizadores sobre leitura: implicações na formação leitora de seus alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tamura, Ana Lúcia Hermosilla [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153161
Resumo: Sob a perspectiva dialógica da linguagem, a leitura é compreendida como atribuição de sentido, pois o texto passa a ser o lugar da interação entre os sujeitos que, de forma ativa e dialógica, se constroem e são construídos pelo texto. Subsidiada a essas ideias, esta pesquisa pretendeu responder à seguinte questão: o modo como os professores concebem leitura e suas práticas de ensino implicam numa formação leitora de seus alunos que os levem à leitura como atribuição de sentido em diálogo com o texto? Frente a esse questionamento, essa pesquisa foi empreendida com o objetivo de compreender como quatro professoras de primeiro ano do ensino fundamental I, de uma escola privada, e eu, pesquisadora e coordenadora pedagógica dessa escola, entendemos a leitura e as implicações dessas concepções na formação leitora de nossos alunos. A geração de dados ocorreu por meio do encontro dialogado, registrado em áudio, que se desdobrou em três momentos distintos, bem como por meio da utilização de diário de campo para o registro escrito das narrativas dos protagonistas acerca do referido encontro. Sob uma abordagem qualitativa e subsidiada pelos pressupostos bakhtinianos, a análise de dados compreendeu os eixos: “Concepção de leitura: implicações na formação leitora das protagonistas”; que contemplou as concepções acerca de leitura sob dois referenciais: a perspectiva da decodificação e a perspectiva de atribuição de sentido; “Práticas de leitura em sala de aula: implicações na formação leitora dos alunos”, que compreendeu a formação leitora sob dois referenciais: como prática social e como constructo individual; e “O sujeito aprendiz no processo de ensino da leitura”, que diz respeito à participação do aluno no processo de ensino de leitura no primeiro ano do ensino fundamental I. Tais dados revelaram que as professoras apresentaram uma concepção reducionista da leitura, que pode ter implicações na sua formação leitora, e práticas do ensino de leitura, em sala de aula, que podem implicar na formação leitora do aluno como constructo individual, ao procederem ao ensino da leitura da perspectiva da decodificação. Porém, foram evidenciadas, por parte das professoras, práticas sob a perspectiva dialógica da linguagem que podem implicar a formação leitora do aluno como prática social e sob a compreensão de leitura como atribuição de sentido. Tais práticas foram pautadas no ensino que considera o sujeito dotado de uma atitude responsiva ativa. Entretanto, parte das professoras, por estarem marcadas por uma concepção monológica, ainda adotam práticas sob as quais o sujeito tem poucas possibilidades de dialogar com o texto. Diante desses indícios, retoma-se a importância da formação continuada como oportunidade de ressignificação da concepção de leitura sob a perspectiva de atribuição de sentido, bem como do sujeito aprendiz dotado de atitude responsiva ativa diante da leitura.