Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Matheus Henrique Reis da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151172
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Resumo: |
Passiflora incarnata encontra-se entre as plantas medicinais mais estudadas no âmbito farmacológico, cujas propriedades medicinais são atribuídas principalmente aos seus fitoconstituintes, tais como compostos fenólicos, alcalóides e flavonoides. Já foi constatado que os fungos endofíticos, aqueles vivem no interior de plantas, compartilhando com as mesmas uma interação simbiótica. Estes endófitos estão presentes em todas as plantas e muitas vezes partilham dos mesmos metabólitos que sua hospedeira. Devido ao seu enorme potencial de exploração, os fungos endofíticos são considerados um dos mais importantes recursos para a obtenção de novos agentes terapêuticos, pois um grande número de metabólitos estruturalmente novos e biologicamente ativos tem sido relatado para esses organismos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi isolar fungos endofíticos presentes em folhas de P. incarnata e avaliar seu potencial biotecnológico, quanto à presença de compostos fenólicos, flavonoides e atividade antioxidante. Das 120 folhas analisadas, um total de 315 fungos endofíticos foi obtido; foi possível identificar 16 táxons distintos, dentre eles Aspergillus spp., Fusarium spp., Penicillium spp., Curvularia spp., Phoma spp., Neurospora spp., Trichoderma spp e representantes dos Mucoromycotina. A maioria dos isolados não apresentou esporulação. Os 60 endófitos utilizados nos ensaios produziram ao menos um composto fitoquímico, 60% (n=36) foram positivos para saponinas, 76% (n=46) para flavonoides, 93% (n=56) para compostos fenólicos, apenas 3% (n=2) para taninos, e nenhum fungo apresentou alcalóides no filtrado. O teor de flavonoides e fenóis totais do extrato de n-Butanol, determinado espectrofotometricamente revelou que a maioria dos fungos analisados foram bons produtores destes compostos, com destaque para os isolados Trichoderma sp./LMA 1684 e Aspergillus sp. 1/LMA 1720, com 213,69 mg.g-1 e 187,3 mg.g-1 , respectivamente, para flavonoides totais expressos em rutina, enquanto para fenóis totais os isolados LMA 1713 e LMA 1824, ambos fungos não esporulantes, apresentaram os teores 184,94 mg.g-1 e 187,05 mg.g-1 , respectivamente. Todos os endófitos apresentaram atividade antioxidante frente ao radical livre DPPH. O extrato butanólico do fungo Aspergillus versicolor/LMA 1705 (94%) foi maior que o padrão BHT (90,27%) e rutina (91,98%). A fração AcOEt e BuOH de cincos fungos selecionados apresentou metabólitos com atividade antioxidante, entre as amostras, a fração BuOH do fungo Trichoderma sp./LMA 1684 mostrou a atividade de eliminação do radical livre DPPH mais baixa (valor de IC50 de 304,18 mg/mL ), enquanto a fração AcOEt do fungo Chaetomium sp./LMA 1793 com um valor de IC50 de 0,21 mg/mL exibiu uma atividade antioxidante maior que os controles positivo BHT (0,42 mg/mL ), Rutina (0,25 mg/mL ), e Ácido Ascórbico (0,23 mg/mL). Foi realizada CG-EM da fração acetato de etila em cinco fungos previamente selecionados e foi constatada a presença do metabólito orcinol (3,19%) em Aspergillus versicolor/LMA 1705, 4-metoximetilfenol (4,79%), Sorbicillina (33,59%) e ergosterol (23,08%), presentes em Trichoderma sp./LMA 1684 e isopropenil-1,4-dimetil-1,2,3,3a,4,5,6,7-octahidroazuleno no endófito Fusarium sp. 4. O estudo mostrou um grande potencial de aplicação em biotecnologia dos endofíticos de P. incarnata. |