Insulinoterapia intravenosa contínua para controle de hiperglicemia em crianças criticamente enfermas: estudo clínico, prospectivo, randomizado e controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Augusto, Fernanda Maíra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182579
Resumo: AUGUSTO, F. M. Insulinoterapia intravenosa contínua para controle de hiperglicemia em crianças criticamente enfermas: estudo clínico, prospectivo, randomizado e controlado [tese]. Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp); 2019. Objetivos: Avaliar prospectivamente o comportamento glicêmico de crianças graves, hiperglicêmicas e não diabéticas, os efeitos da insulinoterapia sobre morbimortalidade e segurança de protocolo de controle glicêmico com insulina intravenosa. Métodos: Estudo clínico, prospectivo, randomizado e controlado em UTIP, com crianças entre 28 dias e 16 anos de idade e duas glicemias >180mg/dL, entre 07/2010 e 11/2016. Os pacientes foram alocados por sorteio, em dois grupos: tratado com insulina (GT) e controle (GC). Foram excluídas crianças com duas glicemias >180mg/dL isoladas, diagnosticadas com diabetes mellitus durante a internação e que receberam insulina subcutânea ou em diálise peritoneal. Dados clínicos e glicemias foram coletados da admissão ao encerramento do protocolo. Os grupos foram comparados quanto à idade, peso, gênero, diagnósticos, PRISM, PELOD, uso de catecolaminas, sedação/analgesia e ventilação mecânica (VM), disfunções orgânicas, glicemia, hipoglicemia, Índice de Variação Glicêmica (IVG), Coeficiente de Variabilidade glicêmica (CV), tempo até meta glicêmica (80-180mg/dL), velocidade de oscilação glicêmica e mortalidade. Significância 5%. Resultados: Analisadas 116 crianças clínico-cirúrgicas e prevalência de hiperglicemia de 20%. GT (n=63) e GC (n=53) não diferiram estatisticamente quanto à idade, peso, gênero, diagnósticos, escores de gravidade, uso de drogas e VM, disfunções orgânicas, pico e média glicêmicos, tempo até atingir a meta glicêmica, hipoglicemia e mortalidade (p>0,05). O GT permaneceu mais tempo internado (p<0,001), obteve maior glicemia à admissão [GT: 292,4mg/dL ± 81,8; GC: 260 ± 77,5; p=0,031], com maiores CV [GC: 40,7% ± 31,3 vs GT: 56,8% ± 29,9; p=0,009] e IVG [GC: 67mg/dL ± 57,8 vs GT: 104,5 ± 69,2; p=0,002], no entanto com predominância de classes intermediárias de velocidade de variação da glicose no GT. Não houve diferença estatística quanto a velocidade de variação glicêmica (mediana), mas no GC houve maior amplitude de variação das velocidades individuais. Pacientes não sobreviventes do GC apresentaram maior frequência de hipoglicemia e variabilidade glicêmica. Conclusões: Insulinoterapia não aumentou a morbimortalidade de crianças hiperglicêmicas graves ou a frequência de hipoglicemia. O protocolo de tratamento com alvo moderado controlou a glicemia com velocidades intermediárias e o aumento de variabilidade glicêmica não impediu que a glicemia diminuísse em velocidade segura.