Construção do protocolo de tratamento de queloide do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Menezes Neto, Balduino Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217892
Resumo: Introdução: Os queloides correspondem a um dos espectros mais agressivos dos distúrbios da cicatrização, com potencial prejuízo estético e funcional. Possui fisiopatologia ímpar e múltiplos fatores genéticos e celulares específicos, ainda não totalmente elucidados. Até o momento, revisões literárias encontraram influência da genética, local da lesão e etnia sobre a incidência e taxa de recorrência. Ademais, já foi constatada a necessidade de associação de um método adjuvante com a excisão cirúrgica, mas ainda sem definição da melhor terapia. Objetivo: Elaborar protocolo de tratamento de pacientes com cicatrizes queloidianas a ser implantado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB / UNESP (HC–FMB), a partir de revisão de prontuários dos pacientes submetidos a radioterapia pós-operatória, discussão com especialidades envolvidas no tratamento e revisão bibliográfica sobre o tema. Método: Realizada uma análise retrospectiva de prontuários para avaliação do perfil dos pacientes submetidos à radioterapia pós-operatória com feixe de elétrons para o tratamento de queloides no HC-FMB, entre 2015 e 2019. Além disso, uma revisão sobre o tratamento de queloides avaliando revisões sistemáticas e/ou metanalises nas bases de dados PUBMED, LILACS, Medline e Cochrane no período de 2015 a 2021 foi realizada. Resultados: Os prontuários de 131 pacientes foram avaliados, com um total de 269 cicatrizes queloidianas tratadas. A média da duração do tratamento foi de 51 dias e do número de sessões foi de 17. Houve predominância de pacientes brancos (78%) e de mulheres (70%), sendo incisão cirúrgica em diferentes áreas do corpo a principal causa de formação (49%) e a orelha a localização mais identificada (33%). As mulheres completaram mais o tratamento proposto (p=0,04), enquanto os não alfabetizados completaram menos do que aqueles que tinham pelo menos ensino fundamental ou médio completo (p<0,0001). Na revisão da literatura, após a identificação e seguindo os critérios de seleção e elegibilidade, foram incluídos 24 artigos para revisão qualitativa e auxiliar na elaboração do protocolo. O protocolo foi então elaborado incluindo orientações sobre encaminhamento, triagem, avaliação clínica, tratamentos clínico, cirúrgico e radioterápico, seguimento ambulatorial, condutas diante de efeitos adversos e casos refratários. Conclusão: Após identificar o perfil geral dos pacientes submetidos ao protocolo de radioterapia pós-operatória e o atual programa de tratamento de cicatriz queloidiana no HC-FMB pelas diferentes especialidades, somados a uma revisão integrativa da literatura médica, conseguimos elaborar um protocolo que abrange as diferentes ferramentas de tecnologia e de serviços disponíveis no HC-FMB.