Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Priscila Vega |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202778
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Resumo: |
A inclusão de um tratamento terciário pode se fazer necessária para prover um efluente de qualidade suficiente para lançamento ou para o reuso. Não foram encontrados na literatura estudos do uso da semente de Moringa oleifera (MO) como coagulante em tratamento terciário de efluente sanitário. Portanto, o objetivo do presente estudo é avaliar o uso do extrato aquoso da semente de MO como coagulante natural no tratamento terciário de um efluente sanitário em comparação com o sulfato de alumínio (SA) através das operações unitárias de coagulação, floculação, sedimentação e filtração. Para tanto, amostras de efluente secundário foram coletadas e ensaios de jar test com filtro de areia acoplado foram realizados com dosagens de MO (150 a 750 mg/L) e de SA (40 a 200 mg/L) para determinação da dosagem ideal em função da remoção de turbidez e de cor aparente. Com as dosagens ótimas de MO (600 mg/L) e SA (200 mg/L), novos ensaios de jar test com filtro de areia acoplado foram realizados para comparar: lodo gerado, pH, alcalinidade, remoções de cor aparente, turbidez, SST, nutrientes, DBO, DQO, COT, carga bacteriana (coliformes totais e Escherichia coli), atividade antibacteriana in vitro (Escherichia coli cepa ATCC 25922) e citotoxicidade (células Vero). Os resultados demonstraram que o aumento da dosagem de MO refletiu no aumento do potencial zeta, tendendo a sua neutralidade. Quanto menor o valor de pH do efluente, maior a remoção de cor aparente e turbidez, em função do potencial zeta das partículas. Nas dosagens ideais, MO e SA apresentaram resultados similares, com remoções acima de 99%, 66% e 92% para carga bacteriana, cor aparente e turbidez, respectivamente. O uso de MO não afetou alcalinidade ou pH, e resultou em um efluente com menor citotoxicidade quando comparado com o uso do SA. No entanto, a MO não removeu nutrientes e aumentou o COT, DBO e DQO. Além disso, tanto MO quanto SA não apresentaram significativa atividade antibacteriana, o que pode estar relacionado à faixa de dosagem avaliada de MO. O tratamento com a MO gerou um lodo 3 vezes menos volumoso que o SA, com concentração de sólidos totais 1,8 vezes menor e com composição predominantemente orgânica. Portanto, o extrato aquoso da semente de MO tem potencial de usado como coagulante no tratamento terciário de efluente sanitário. Porém, é recomendada a obtenção da proteína purificada de MO quando é exigido a redução da carga orgânica do efluente. |