Ação de prostaglandinas tópicas na conjuntiva de coelhos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Aguiar, Evian Valli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182174
Resumo: A utilização prolongada de colírios análogos de prostaglandinas (AP) no tratamento do glaucoma tem sido associada a alterações tóxicas e inflamatórias dos tecidos oculares. As causas destes efeitos adversos locais ainda não são bem conhecidas. Uma das hipóteses aventadas seria o efeito citotóxico dos conservantes dos colírios e outra o envolvimento das metaloproteinases, cuja expressão estaria relacionada às alterações estruturais induzidas pelo uso crônico dos AP. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a conjuntiva de coelhos submetidos à tratamento ocular tópico com AP e solução conservante por meio de estudo histológico, morfométrico e imuno-histoquímico. Material e Métodos: Quarenta coelhos adultos sadios da raça Norfolk, de ambos os sexos, com peso entre 1500 e 2500g, foram divididos por sorteio em quatro grupos experimentais. Os olhos direitos dos animais foram tratados com uma gota diária de bimatoprosta 0,03%, travoprosta 0,004%, latanoprosta 0,005%, e solução conservante por 30 dias (20 animais) e 60 dias (20 animais). Todos os coelhos foram submetidos à avaliação clínica oftalmológica com documentação fotográfica. Após a eutanásia, os olhos foram enucleados e preparados para análise histológica, morfométrica e imuno-histoquímica com pesquisa de expressão de metaloproteinase 2 (MMP2). Resultados: Houve aumento de espessura epitelial e estromal em todos os grupos tratados, principalmente no grupo latanoprosta com 30 dias e bimatoprosta com 60 dias (p<0,001). A análise histológica com 30 dias revelou infiltração linfocitária, degeneração vacuolar, perda da relação núcleo citoplasma, corpos apoptóticos, diminuição das células caliciformes, principalmente nos grupos bimatoprosta e travaprosta. Com 60 dias houve intensa desorganização tecidual em todos os grupos tratados, com metaplasia escamosa no grupo latanoprosta. No grupo conservante as alterações morfológicas foram leves com 30 dias e se intensificaram com 60 dias, apresentando hiperplasia do epitélio e anaplasia. A expressão da MMP2 foi mais pronunciada nos grupos tratados com AP nos primeiros 30 dias. Conclusão: Todas as medicações testadas, inclusive a solução conservante, causaram algum grau de inflamação e deterioração tecidual na conjuntiva depois de 30 ou 60 dias de tratamento. Houve expressão da MMP2, mais acentuada na fase aguda do experimento.