Produção de silagem de grãos úmidos de milho, reconstituída a partir do grão seco em diferentes sistemas de secagem, na alimentação de leitões em fase de creche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Lucas Serrou da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235018
Resumo: O milho representa o principal ingrediente utilizado na dieta animal e é considerado um alimento energético por ser fonte de amido e lipídeos. A ensilagem tem se constituído numa bem-sucedida alternativa para suprir alimento durante a estacionalidade de produção forrageira, apresentando melhores resultados de ganho de peso e melhor digestão por parte do animal. A técnica da ensilagem de grãos reumedecidos consiste em devolver ao milho seco moído a umidade recomendada (entre 33% e 37%) para que possa ser acondicionado em silos e submetido a processo de fermentação anaeróbica. Entretanto, a reconstituição da umidade do milho que já foi seco e, eventualmente, armazenado por algum tempo, pressupõe menor perfil microbiológico e nutricional desse produto. Na suinocultura, o desmame precoce dos leitões, torna a fase de creche decisiva, dependendo da combinação dos ingredientes que compõem a dieta. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes sistemas de secagem de milho sobre a qualidade dos grãos, e sua utilização na alimentação de leitões em fase de creche, bem como o avaliar o efeito latente dos três sistemas de secagem testados sobre a qualidade do grão de milho, após um ano de armazenamento. Foram realizados três ensaios com o objetivo de avaliar: Ensaio 1- Efeito do processamento na qualidade da silagem; Ensaio 2- Desempenho dos leitões quanto à silagem; Ensaio 3- Efeito da secagem na qualidade da silagem. Os grãos de milho foram colhidos com diferentes teores de umidade e submetidos a diferentes processamentos, sendo os tratamentos: T1 - colhido com 35% de umidade, triturado e ensilado (testemunha); T2 - colhido com 22% de umidade, seco em alta temperatura, triturado, reumedecido até 35% e ensilado; T3 - colhido com 18%, seco em silo-secador com ar natural, triturado, reumedecido até 35% e ensilado; T4 - colhido com teor de água menor que 14% após secagem na planta, triturado, reumedecido até 35% e ensilado. Para avaliação da qualidade das silagens obtidas nos diferentes tratamentos, foram realizadas análises de pH das silagens e condutividade elétrica dos grãos, adotando-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O ensaio de desempenho de leitões em fase de creche foi conduzido num delineamento em blocos ao acaso, com quatro tratamentos, cinco repetições. Os resultados relativos à condutividade elétrica e pH indicaram maior efeito deletério para o milho seco em alta temperatura. Durante o período total do ensaio de desempenho (0 a 26 dias), a silagem de grãos de milho úmidos apresentou melhor conversão alimentar, no entanto não apresentou diferença no ganho diário de peso e no consumo diário de ração. Quanto ao efeito do armazenamento, o pH da silagem confeccionada imediatamente após a secagem dos grãos indicou melhor qualidade do alimento em relação àquele confeccionado com grão armazenado pelo período de um ano. Após um ano de armazenamento do grão seco, não se detectou diferenças entre os três sistemas de secagem testados, porém recomenda-se o uso do grão seco em baixa temperatura (T3), por ser o método mais prático e de baixo custo. Palavras-chave: reidratado; desempenho; silagem.