Caracterização da infecção por helmintos e protozoários gastrointestinais em suínos criados em diferentes sistemas de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Rezende, Victória de Alencar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/296358
Resumo: A suinocultura brasileira utiliza diversos sistemas de produção, desde os mais tecnológicos até os mais tradicionais. A sanidade dos animais é crucial em todos os sistemas, e as doenças parasitárias, apesar de pouco discutidas, são um fator importante para o desempenho dos suínos e para a saúde pública, especialmente no caso de endoparasitos. Este estudo avaliou a prevalência de helmintos e protozoários gastrointestinais em suínos criados em diferentes sistemas de produção (intensivo, semi-intensivo e de subsistência familiar) e associou essa prevalência às condições de alojamento, manejo e alimentação dos animais. Foram coletadas 150 amostras de fezes de suínos de propriedades localizadas no noroeste de São Paulo (Ilha Solteira, Andradina e Nova Independência) e no leste do Mato Grosso do Sul (Selvíria e Cassilândia), abrangendo os três sistemas de criação. As amostras foram submetidas a testes coproparasitológicos para quantificar ovos de helmintos e oocistos de coccídeos. Os resultados mostraram que fatores como o manejo sanitário, a vacinação, a vermifugação, o tipo de piso, a infraestrutura e a dieta influenciam na carga parasitária dos animais. Sete gêneros de parasitos foram identificados: Balantioides sp., Ascaris sp., Oesophagostomum sp., Strongyloides ransomi, Trichuris sp. e os coccídeos Eimeria sp. e Cystoisospora suis. A principal conclusão do estudo é que a prevalência de parasitos está diretamente relacionada ao sistema de criação. O Sistema intensivo confinado demonstrou ser mais eficaz no controle sanitário. Já o sistema extensivo, como o de subsistência familiar (SUBFAM), com maior contato dos animais com o ambiente externo e suas fezes, favorece a disseminação de parasitos, aumentando a prevalência e a gravidade das infecções. Além disso, os suínos das regiões estudadas apresentaram grande diversidade de coccídeos entéricos, com oito espécies de Eimeria (E. scabra, E. neodebliecki, E. suis, E. perminuta, E. cerdonis, E. porci, E. debliecki e E. polita) e uma de Cystoisospora suis. Foi detectado também o protozoário Balantidium sp., que pode infectar humanos, especialmente para aqueles que trabalham com os animais. O estudo destaca também a importância de considerar os fatores relacionados aos sistemas de produção ao implementar medidas de controle e prevenção de helmintos em suínos, visando a saúde e o bem-estar dos animais, além de evitar prejuízos econômicos para os criadores.