A defesa do território das comunidades tradicionais nos municípios de Ubatuba (SP) e Paraty (RJ): uma análise do Turismo de Base Comunitária da Rede Nhandereko

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martins, Julia Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214618
Resumo: Na região Sudeste do Brasil, povos e comunidades tradicionais do litoral norte paulista e sul fluminense vivenciam conflitos pela disputa do território. O principal marco que intensificou os conflitos na região litorânea brasileira foi a construção da rodovia BR-101 no trecho Rio de Janeiro-Ubatuba. Como consequência, os territórios dos povos e comunidades tradicionais sofreram transformações mediante a especulação imobiliária, a urbanização turística e a implantação de Unidades de Conservação. A partir desse contexto, o movimento do Fórum de Comunidades Tradicionais Angra/Paraty/Ubatuba (FCT), que integra as comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas de Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ) e Ubatuba (SP), desenvolve atividades que promovem a defesa dos seus territórios. Entre as atividades, este estudo discorrerá sobre o Turismo de Base Comunitária (TBC). O objetivo é avaliar a dinâmica do Turismo de Base Comunitária a partir da percepção dos comunitários que fazem parte da Rede Nhandereko de TBC, considerando o território e a territorialidade relevantes para a pesquisa. A análise foi realizada pela abordagem de Meios de Vida Sustentáveis, a qual possibilitou o entendimento de que o TBC é uma tecnologia social inter-relacionada que envolve as dimensões humana, social, natural, física e financeira. Fundamentada nessa análise, compreende-se que o TBC é uma tecnologia social contra-hegemônica que se estabelece por meio de conexões multidimensionais no território.