Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Beatriz Brandão da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250242
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Resumo: |
As textualizações produzidas a partir de entrevistas por pesquisadores do Grupo História Oral e Educação Matemática (Ghoem) com a metodologia da História Oral constituem fontes historiográficas que podem ser mobilizadas em estudos de cunho histórico ou não, além daqueles nos quais foram produzidas. Diante disso, objetivamos, de modo geral, elaborar compreensões sobre potencialidades de textualizações de entrevistas produzidas, nos anos de 2016, 2017 e 2018, pelo Ghoem, no que tange à formação de professores que ensinam Matemática. Esta intenção está orientada pelo questionamento: O que contam e o que podem, no que tange à discussão sobre e para processos formativos de professores que ensinam Matemática, textualizações de entrevistas produzidas pelo Ghoem para além dos contextos em que foram produzidas? Este trabalho segue uma abordagem qualitativa de pesquisa bibliográfica, cuja metodologia foi construída em trajetória tomando como inspiração a Teoria Fundamentada nos Dados para os movimentos analíticos e o processo metafórico de elaboração de um projeto arquitetônico para desenvolver, além das análises, o estudo da formação docente em articulação com a formação da pesquisadora, a escrita do percurso investigativo e a constituição – estética – desta dissertação. Assumimos um compromisso em defesa do uso dessas narrativas como as fontes legítimas que são, produzindo um arquivo de categorias que possibilitam identificar temas relativos à formação docente presentes nas textualizações e que pode ser cadastrado no sistematizador eletrônico do grupo, o Hemera. Ademais, na direção de nosso objetivo, elaboramos três estudos, denominados firmamentos e inspirados na prosa ensaística, sobre temas diferentes que compreendemos como potencialidades dessas narrativas para estudos diversos no âmbito da formação de professores que ensinam Matemática. Os temas, também desenvolvidos com abordagens diferentes, são referentes à formação de professores leigos em algumas regiões do Brasil; às inspirações docentes no processo formativo de professores que ensinam Matemática; e às maternidades vivenciadas por professoras que ensinam/ensinaram Matemática ao narrarem suas trajetórias formativas. Esta pesquisa, com a perspectiva que adotamos para estudar as textualizações e o próprio modo como são constituídas segundo a História Oral, possibilitou observar que elas podem, além das temáticas que apresentam, levar pesquisadores a pensar formação docente sem classificações de saberes docentes, sem separações entre atitudes, ideias e produções dos professores e sem pensar o professor exclusivamente a partir de sua identidade docente ou de sua profissão. Notamos que as classificações deixam de ser suficientes para as histórias de vida dos educadores, de modo que as relações que estabelecem com sua profissão tornam as definições e os limites difusos. As narrativas, portanto, contam histórias que permitem pensar o professor e a formação docente do ponto de vista da experiência, para além da docência, da atuação profissional e de sua produção, que permitem pensar como cada educador deixou que algo lhe acontecesse e, assim, lhe (trans)formasse no curso de sua vida. Esperamos, com esta investigação, contribuir para uma Educação Matemática atenta ao todo do ser humano, para a mobilização das histórias de vida dos professores que ensinam Matemática e para estudos comprometidos com uma perspectiva sensível aos seus processos formativos. |